terça-feira, 15 de julho de 2008

Lizaldo Faz defesa do meio ambiente em Sergipe

Em defesa da preservação ambiental Data: 07/01/2006
O coordenador geral do Movimento Popular Ecológico de Sergipe - MOPEC e da Rede de Ongs da Mata Atlântica, Lizaldo Vieira, fez um balanço do que contribuiu para que o meio ambiente em Sergipe continue cada vez mais degradado e também de algumas conquistas em 2005. Ele apontou como questões negativas a indefinição de uma política de meio ambiente no país e como conquista a criação do primeiro Parque Nacional da Serra de Itabaiana. Foi uma luta de 26 anos de alguns ambientalistas. Além disso, com a chegada do Campus da Universidade Federal de Sergipe - UFS, irá ampliar ainda mais a área de pesquisa. Lizaldo disso que o MOPEC vai elaborar uma proposta coletiva do segmento ambiental para apresentar aos futuros candidatos às eleições 2006 para que eles se comprometam em defender o meio ambiente.
Todos os estados estão apostando na criação de mais reservas naturais. Ele citou como outro ponto positivo a criação da Floresta Nacional no município de Nossa Senhora do Socorro. Segundo ele, uma proposta está sendo trabalhada para a criação do Parque Nacional do Cânion de São Francisco, como a reserva da foz do São Francisco. Ele acredita que alguns passos foram dados e a expectativa é que não fique apenas nisso. Os governos federal, estadual e municipais têm responsabilidade de assegurar mais reservas naturais.
Na visão Lizaldo Vieira, a sociedade também está um tanto omissa em não cobrar essas políticas. "Geralmente ela fica a mercê dos projetos, mas não tem na consciência a valorização do meio ambiente. Dessa maneira, termina contribuindo para que nada seja feito em defesa do meio ambiente. Até porque poucas pessoas à frente de entidades ambientais estão pregando no deserto, enquanto que a maioria defende a política de destruição, mesmo sabendo que todos dependem do meio ambiente".
Na visão do presidente do MOPEC, o rio Sergipe, que dá nome ao estado, é um exemplo maior da falta dessa política. Descaso esse dos governos municipais por onde passam os rios. Ele disso que alguns até acreditam que estão defendendo o meio ambiente, mas os dirigentes do movimento não sentem isso sendo provado no dia-a-dia com as práticas. Estão sempre na contramão na defesa da natureza. A política no estado do ponto de vista de defesa dos biomas é tão frágil que nem dados concretos existem sobre o que resta da Mata Atlântica. Alguns falam em menos de 1%, outros de 0,8%. Na visão dele, está na faixa de 1% da mata original, o que considera quase nada para um estado que a região litorânea já foi toda tomada por Mata Atlântica. Mesmo assim continua sendo desmatado. Ele defende uma política de replantio das matas para que aos poucos elas retomem o seu lugar de origem. Embora levasse muito tempo, é preciso que seja feita alguma coisa.
"Se não houver iniciativas, certamente daqui a algum tempo o caos será bem maior. Já está acontecendo problemas de falta de água em alguns bairros de Aracaju nos fins de semana", disse Lizaldo. Para ele, isso é produto da falta de cuidado com os rios, que estão totalmente assoreados, a mata ciliar destruída, muita poluição e muitos esgotos, doméstico e industrial, nos rios.

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