Ex- ministra Marina Silva recebe prêmio internacional pela defesa do meio ambiente
Ao receber o prêmio internacional “Sofia 2009”, nesta quarta-feira, em Oslo, capital da Noruega, em reconhecimento à sua atuação na defesa do meio ambiente, a senadora Marina Silva (PT-AC) afirmou que está mais do que na hora de o Brasil defender, na conferência das partes das Nações Unidas, no final deste ano, em Copenhague, o estabelecimento de uma meta global de redução de emissões de carbono na atmosfera para 2020, 2030 e 2050, bem como o limite de emissões globais ao longo do século.- O Brasil precisa usar sua credibilidade internacional para ajudar os demais países a saírem da inércia e estabelecer uma nova dinâmica no processo de negociação dos compromissos da Convenção de Mudanças do Clima - destacou.A definição de uma meta global de emissões, segundo disse a senadora em seu discurso, não implica em definir imediatamente o grau de responsabilidade de cada país para cumprir a meta. Isso deverá ser discutido nos anos seguintes, tomando-se em conta o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, prevista na convenção de mudanças climáticas.Mas a não definição de uma meta global de reduções, segundo Marina Silva, coloca, sobretudo, o futuro de dezenas de nações pobres nas mãos de grandes emissores globais que, sem limites, levarão o planeta a um caminho de aumento de temperatura superior a dois graus Celsius, média anual que não pode ser ultrapassada.- É preciso empreender um esforço descomunal para descarbonizar as economias do mundo até o final do século - assinalou a senadora.Marina Silva disse que compartilhava uma preocupação a partir dos informes científicos que alertam para a iminência da maior da catástrofe ambiental que a humanidade já viveu e que requer uma atitude forte, rápida e responsável da parte de todos, governos, empresas e sociedade.- Para tanto, segundo as últimas avaliações científicas, será necessário reduzir as emissões mundiais em, no mínimo, 80% em relação aos níveis de 1990 até meados do século.No caso do Brasil, não criar mecanismos para garantir limites de emissões globais é colocar suas florestas, seus regimes de chuvas, sua agricultura e sua economia sob forte risco, segundo Marina Silva. A senadora destacou em Oslo que, de acordo com estimativas, cerca de 50% das emissões brasileiras são oriundas de desmatamento. Portanto, a meta de redução do desmatamento em 80% até 2020, em sua avaliação, é uma significativa contribuição para redução das emissões globais. “Mas esse esforço pode ser anulado se o mesmo comprometimento não for assumido também pelos demais países emergentes” alertou.- Não tenho duvidas de que estamos diante de um desafio sem precedente da história da humanidade, de um desafio civilizatório, uma espécie de esquina ética, que requer de nós escolhas certas e no tempo certo, pois delas dependem a continuidade das condições que favorecem a vida no planeta terra” disse a senadora antes de encerrar seu discurso.Marina Silva recebeu o prêmio, no valor de US$ 100 mil, das mãos do ministro do Meio Ambiente norueguês, Erik Solheim. No ato, também esteve presente, a presidente da Fundação Sophie, Nina Drange. A fundação foi criada em 1997 e desde esse ano entrega o prêmio, criado pelo escritor norueguês Jostein Gaarder, autor do best seller "O Mundo de Sofia".Fonte: Terra MagazineLink: http://terramagazine.terra.com.br
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário