sábado, 18 de julho de 2009

Sobre o Sergipanez

Algumas expressões curiosas e engraçadas do nosso sergipanez, típicas do Estado de Sergipe. Algumas são recentes, outras adotadas de brasileiros que aqui vieram morar (baianos e pernambucanos, principalmente) e muitas repetidas geração a geração por sergipanos que vivem do sertão ao litoral.


Pão jacó: é o pão francês, Perainda: junção dos termos espere e ainda. Quer dizer, fique
esperando. Avexada (o): para quem está com pressa. Aquéte (aquiete abaixe) o faixo: usada para pedir que alguém contenha os ânimos, ou simplesmente que fique calmo. Doje: Há muito tempo.: Daqui há uma semana Mulher: mesmo quando se sabe o nome da pessoa a expressão é utilizada repetitivamente em uma conversa. Niuma (nenhuma): sem problema algum! Fi (a) do cabrunco (filho do cabrunco): expressões curiosas e engraçadas, típicas do Estado de Sergipe. Algumas são recentes, outras adotadas de brasileiros que aqui vieram morar (baianos e pernambucanos, principalmente) e muitas repetidas geração a geração por sergipanos que vivem do sertão ao litoral. , Deus cumade é o mesmo que dizer (Adeus comadre),expressões curiosas e engraçadas, típicas do Estado de Sergipe. Algumas são recentes, outras adotadas de brasileiros que aqui vieram morar (baianos e pernambucanos, principalmente) e muitas repetidas geração a geração por sergipanos que vivem do sertão ao litoral. negativas Botou pá (pra) lá: arrebentou, fez muito bem. Pode ser substituída pelas expressões ‘botar pá lascar’, ‘botar pá descer’, ‘botar pocando’.Da gota: dá ênfase a algo/alguém muito bom ou ruimPense: você nem imaginaE foi?: demonstra surpresa em relação à história relatadaPegar o beco: ir emboraCaçando: procurandoBrenha: lugar muito distanteVixe: adaptação da palavra ‘virgem’, substituindo a expressão ‘Virgem Maria’Deixe de conversa: utilizado quando alguém não acredita, ou não quer acreditar, em uma históriaAzuado (a): cheio de tarefas a cumprir, estressadoMeladinha: bebida feita com cachaça, cebola e tempero verde, servida tradicionalmente quando um bebê nasce. Muito comum em alguma zonas rurais do Estado.Divera: derivada da expressão ‘de fato’, usada quando alguém se lembra de algo. Muito usada nas zonas rurais.Rapaz: a palavra é usada para se referir a idosos, adultos, crianças, mulheres, moças e, por que não, a rapazes!Avie (aviar): provavelmente derivada da palavra ‘avião’, é usada para pedir pressa a alguémMár menino (mas menino): expressão usada para discordar de algoVou não: hábito dos sergipanos e nordestinos de forma geral, em colocar o verbo antes do advérbioMangando (mangar): apesar de estar no dicionário da língua portuguesa, apenas é utilizada na região Nordeste. Significa rir, tirar sarro.À pulso: na marra, na forçaArrodeou (arrodear): dar uma volta completa em torno de algo ou alguémPois... : é uma espécie de palavra-chave no dialeto sergipano, principalmente na capital. É usada nas mais diversas situações: dúvida, discordância, desprezo, etc.Me picar (se picar): ir embora. Surgiu da antiga expressão ‘picar a mula’Bora embora: A expressão secular foi se modificando: ‘vamos em boa hora’ se transformou em ‘vamos embora’, que virou ‘vambora’, que ainda foi diminuída a ‘bora. O sergipano usa a repetição ‘Bora embora’.Painho: forma carinhosa de se referir ao pai e à mãe (mainha), típico dos nordestinos.Tá cá peste (está com a peste): expressa a descrença em uma hipótese, quando não se acredita que alguém vai tomar determinada atitude.Tototó: barcos de pequeno porte, muito utilizados em Sergipe antes da construção da ponte João Alves, que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros. Recebeu esse nome pelo barulho que o motor emite.Mô fio (meu filho): gíria urbana, muito utilizada no tratamento entre amigos. O sergipano reduziu as duas palavras que, quando pronunciada, parece uma só.Baba: partida de futebol descontraída, não oficial. Chamada de ‘pelada’ em outras regiões do país.Nestante: abreviação da expressão ‘neste instante’. Apesar de dar idéia de presente, também é usada em frases no passado e no futuro.Que só: expressão utilizada para dar idéia de intensidade.Ruma: amontoado de coisas ou pessoas; o mesmo que ‘um monte’Barriar (barrear): ficar irritado, com raiva; em sergipanês, barriar também pode ser ‘ficar azedo’ Ochente: simplifica a expressão ‘Oh, gente!’ (Enviada pelo internauta Ubiratan ramos)Óia [Olha], deixe dessa: aconselha a não fazer algo ou deixar de lado algum sentimento. Pode substituir as expressões “não faça isso” ou “não pense assim” (Enviada pelo internauta Carlos)Valeime: usado em situações de espanto ou desespero (Enviada pela internauta Neide)Arretado: serve para qualificar algo ou alguém positivamente (Enviada pelo internauta Raphael)Gastura: aflição, mal estar (Enviada pela internauta Jucilane)E foi, foi? : repetição utilizada pelos sergipanos para enfatizar a dúvida (Enviada pelo internauta Walter)Eita pêga: expressão para momentos de desespero ou alegria. Ex: “Eita pêga, que coisa boa!”; “Eita pêga, o que eu faço agora?” (Enviada pelo internauta Walter) Naonde: substitui, em alguns casos, o advérbio onde (Enviada pelo internauta Ademilton Costa)Paia (de Palha, como Palhas de Coqueiro): coisa, pessoa, situação de pouco valor. E, para variar, pode ser usado também em sentido positivo. (Enviada pela internauta Lili)Fi do cranco: semelhante a ‘fio do cabrunco’ (Enviada pela internauta Lili)Capar o gato: o mesmo que sair apressado, ‘pegar o beco’ (Enviada pela internauta Lili)Uma: usada para quantificar, dar idéia de muita coisa ou muitas pessoas (Enviada pelo internauta Gervásio)Eita gota: utilizada para demonstrar espanto, semelhante a ‘eita pêga’ (Enviada pelo internauta Gervásio)Marroque: outra expressão para pão francês, assim como também são ‘pão d’água’, ´pão de sal’ e ´pão jacó’ (Enviada pelo internauta Gervásio)Apois: expressa descrença (Enviada pela internauta Judith) Viu: substitui o OK ou simplifica a palavra 'ouviu' (Enviada pelas internautas Márcia e Mony Grazielle) Esmolé: pessoa que pede esmolas nas ruas (Enviada pelo internauta Cléveston lapa)Caixa de fósforo: expressão que se dá quando o indivíduo está contando uma história e antes de terminar , ele usa a expressão porque não tem argumento para terminá-la. (Enviada pelo internauta Irineu) Vôte: expressão usada mais pelos mais velhos, que quer dizer, que negócio estranho (Enviada pela internauta Carla Mendonça) Baleio: farra, brincadeira (Enviada pela internauta Carol Amancio) Pisadinha: passeata em tempos de campanha eleitoral (Enviada pela internauta Carol Amancio) Ô peste: euforia, entusiasmo (Enviada pelo internauta Alexandre) Pra caraio: dá ênfase a algo (Enviada pelo internauta Anselmo Bittencourt) Mangelão: jamelão (Enviada pelo internauta Ricardo Pereira)

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