sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sobre Jardins Comestíveis

PRIMEIRA DAMA OBAMA INVESTE EM CAMPANHA POR JARDINS COMESTÍVEIS
A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, é o ícone da campanha que virou moda no país: em vez de gastar água e adubo com jardins ornamentais, por que não aplicá-los no cultivo de alimentos? A correspondente Tanira Lebedeff foi conferir os jardins na Califórnia. Provou os frutos e testemunhou os benefícios que a prática trouxe para a saúde e o bolso dos “jardineiros”. Leia o depoimento dela. Dizem que, se fosse um país, a
A Califórnia seria a quinta maior economia do mundo. De cada oito americanos, um vive aqui.
Mas hoje em dia o nome do estado tem aparecido nas manchetes ao lado de uma palavrinha que todo mundo teme: crise. E não é apenas a monumental crise na economia, tem também a crise ambiental: a California está secando. Em todo o estado se multiplicam programas de racionamento de consumo de água.
Em Los Angeles encontramos exemplos de gente que está encarando esses dois problemas de frente, e em casa. No lugar de plantas ornamentais muitos “angelinos” estao cultivando verduras, frutas e legumes no jardim. Sao os ” edible gardens”, ou jardins comestíveis - um nome mais chique para o que a gente conhece como horta.
A exemplo da primeira-dama Michelle Obama , que mandou plantar no jardim da Casa Branca o que é consumido em banquetes presidenciais, muitos americanos estão cultivando o que comem em casa. Um aumento de 21% em relação ao ano passado.
Para mostrar como isso é viável nós fomos até a casa de Jules Dervaes. Um professor aposentado, bom de papo e apaixonado pela causa ambiental. Em 2001 ele começou com os filhos um projeto audacioso batizado de Path to Freedom (caminho para a liberdade). O objetivo é ser totalmente autossustentável, a começar pelo que colocam na mesa. Eles transformaram todo espaço disponível do jardim e do pátio em “área produtiva”. É uma casa pequena, comum num bairro de classe média. Hoje, no verão, eles produzem 90% do que consomem, colhendo três toneladas por ano.
Os Dervaes fazem da sustentabilidade um lema no dia a dia. Na casa tem chuveiro aquecido com energia solar. Mesmo os animais de estimação são, digamos, “produtivos”: galinhas e cabras. Aqui tem até liquidificador movido a pedalada!
O engraçado é que há alguns anos a família de Jules Dervaes era considerada excêntrica. Os doidos do bairro. Hoje, são os gurus de uma nova onda de produtores urbanos.
É uma tendência que os ambientalistas torcem para que não seja passageira, que não seja apenas cirscunstância da crise. Uma pequena mudança na paisagem faz bem para o bolso e para o meio ambiente.

Nenhum comentário: