Aracaju é um município brasileiro e capital do estado de Sergipe. Localiza-se no litoral norte, sendo cortada por rios como o Sergipe e o Poxim. De acordo com a estimativas realizada pelo IBGE em 2008, a cidade conta com 536.785 habitantes. Somando-se as populações dos municípios que formam a Grande Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e São Cristóvão, o número passa para 780 mil habitantes.
O topônimo "Aracaju" deriva da expressão indígena "ará acaiú", que em tupi-guarani significa "cajueiro dos papagaios". O elemento "ará" significa "Papagaio" e "acaiú", "fruto do cajueiro".
Índice:1. História2. Transportes3. Ciclovias4. Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros5. Geografia6. Hidrovia7. Esporte8. Clima9. Demografia10. Cultura11. Economia12. Centros comerciais 13. Educação14. Festas populares 15. Saúde 16. Prefeitos 17. Notas 18. Referências 19.
Município de Aracaju
"Cajueiro dos Papagaios"
Fundação
17 de março de 1855
Gentílico
aracajuano
Lema
Pax et Labore(Paz e Trabalho)
Localização
10° 54' 36" S 37° 04' 12" O10° 54' 36" S 37° 04' 12" O
Unidade federativa
Sergipe
Mesorregião
Leste Sergipano IBGE/2008
Microrregião
Aracaju IBGE/2008
Região metropolitana
Aracaju
Municípios limítrofes:
São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Itaporanga d'Ajuda
Distância até a capital
1.700 quilômetros
Características geográficas
Área
181,801 km²
População
536.785 hab. est. IBGE/2008
Densidade
2.952,6 hab./km²
Altitude 4 metros acima do nivel do mar
Clima
tropical As'h
Fuso horário
UTC-3
Indicadores
IDH
0,794 (SE: 1º) - médio PNUD/2000
PIB
R$ 5.021.660 mil (BR: 61º) - IBGE/2005
PIB per capita
R$ 10.071,00 IBGE/2005
1. História
A história da cidade de Aracaju está fortemente relacionada à da cidade de São Cristóvão, pois era esta a antiga capital da capitania de Sergipe, atual estado de Sergipe. Foi a partir da decisão de mudança da cidade que abrigaria a capital provincial que Aracaju pôde existir e cresceu. Fundada em 1855, foi a segunda capital brasileira planejada; seu formato remete a um tabuleiro de xadrez. Todas as ruas foram projetadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. Até então, as cidades existentes antes do século XVII, adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa irregularidade e Aracaju foi, no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal tendência geométrica.
1. 1. São Cristóvão
No início da ocupação de povos não-indígenas onde hoje se encontra Aracaju e cidades vizinhas, esta região estava sob a jurisdição da capitania da Baía de Todos os Santos, que hoje é o estado da Bahia. A princípio, essa região era território do cacique Serigi, que dominava desde as margens do rio Serjipe até a do rio Vasa-Barris.
Em 1590, Cristóvão de Barros atacou as tribos do cacique Serigi e de seu irmão Siriri, matando-os e derrotando-os. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão Barros fundou a cidade de São Cristóvão junto à foz do rio Serjipe e define a capitania de Sergipe, ainda subordinada à Capitania da Baía de Todos os Santos. Mais tarde, a localização foi transferida para as margens do rio Poxim e, enfim, para o Rio Paramopama, afluente do Rio Vasa-Barris.
Assim, São Cristóvão torna-se a capital da província. Diferente do que aconteceu nos outros estados da Região Nordeste, a capital de Sergipe ficava a mais de vinte quilômetros de distância do mar. Desta forma seus portos, por onde passavam navios, ficavam nos rios.
1. 2. De povoado a capital
As terras onde hoje se encontra Aracaju originaram-se de sesmarias doadas a Pero Gonçalves por volta do ano de 1602.Eram compostas de 160 quilômetros de costa, mas em todas as margens não existia nenhuma vila, apenas povoados de pescadores.
Igreja do Santo Antônio, é um dos pontos mais altos de Aracaju
No ano de 1699 tem-se notícia de um povoado surgido às margens do Rio Serjipe, próximo à região onde este deságua no mar, com o nome de Santo Antônio de Aracaju. Seu capitão era o indígena João Mulato. Em meados do século seguinte, em 1757, Santo Antônio de Aracaju vivia sem maiores crescimentos e já era incluída como sítio da freguesia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba.
Na então capital de Sergipe, São Cristóvão, estava-se tendo dificuldades com relação aos portos. Como a capital ficava no interior do estado, a navegação até os portos era somente fluvial, o que era um inconveniente, uma vez que os maiores navios não tinham passagem por conta da tonelagem, fazendo os portos sergipanos servirem apenas para pequenas embarcações.
A partir e 1854, a praia que hoje é de território de Aracaju, perto da foz do Rio Serjipe, despertou grande interesse do governo da província de Sergipe, que transferiu a Alfândega e a Mesa de Rendas Provinciais para aquele local e construiu uma Agência do Correio e uma Sub-Delegacia Policial. Além disso, um porto foi construído na praia, denominada "Atalaia".
A província necessitava de um porto de porte maior para seu progresso. No dia 2 de março de 1855, a Assembléia Legislativa da Província abriu sessão em uma das poucas casas existentes na Praia de Atalaia. Nesta sessão, tendo previamente analisado a situação em que se encontrava a província, Inácio Joaquim Barbosa, o primeiro presidente da Província de Sergipe Del Rey, decidiu transferir a capital de Sergipe, que era São Cristóvão, para a cidade portuária que seria erguida ali. A decisão foi recebida com grande surpresa pelos presentes.
Assim, no dia 17 de março de 1855, Inácio Joaquim Barbosa apresentou o projeto de elevação do povoado de Santo Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província para esta nova cidade, que foi chamada simplesmente de Aracaju. Foi um dos momentos mais importantes e de maior repercussão da história de Sergipe. A nova localização da capital iria beneficiar o escoamento da produção principalmente açucareira da época, além de representar um local mais adequado para a sede do governo para o desenvolvimento futuro. A cidade de São Cristóvão não se revoltou de forma violenta contra a decisão, tendo apenas feito manifestações de protesto.
Dessa forma Aracaju passou à frente de várias cidades já estruturadas, com melhores condições enquanto desenvolvimento urbano. Cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga se apresentavam em condição superior à de Aracaju.
Desde então, Inácio Joaquim Barbosa vem sendo considerado o "fundador de Aracaju", tendo atualmente um monumento em sua homenagem na Orla de Atalaia. Por não se ter tido êxito em encontrar nenhum retrato do primeiro presidente de Sergipe, o monumento não é uma estátua, mas uma estrutura de aço de 5,5 metros de altura e 2.200 quilos.
Planejamento urbano
Horizonte de Aracaju
Como Aracaju surgiu com o objetivo de sediar a capital da província de Sergipe del-Rei, que até este momento se localizava na cidade de São Cristóvão, segundo alguns historiadores, Aracaju foi idealizada com "planejamento urbano" desde o início, pois as primeiras ruas estão organizadas de forma a lembrar um tabuleiro de xadrez.
O responsável pelo desenho da cidade de Aracaju foi o engenheiro Sebastião Basílio Pirro. A construção da cidade apresentou algumas dificuldades de engenharia, pois a região continha muitos pântanos, pequenos lagos e mangues.
Apesar de se saber o dia exato de fundação da cidade, não se sabe com certeza qual foi o ponto inicial urbano. É provável que ela tenha sido ocupada a partir da atual Praça General Valadão, onde se situava o porto.
Transportes
Pode-se chegar a Aracaju por terra, ar ou mar. As ligações rodoviárias com o resto do país são feitas através das rodovias BR-101 e BR-235, e com várias cidades do interior através de rodovias estaduais. A cidade conta com o Aeroporto de Aracaju, que recebe vôos regulares de diversas partes do país. E o Porto de Sergipe, que fica mais precisamente no município de Barra dos Coqueiros, na região metropolitana de Aracaju, e está o que está apto a receber embarcações de grande porte.
Urbano
O transporte público na cidade é feito, em grande parte, por ônibus, que compõem o Sistema Integrado de Transporte. Hoje, é possível conhecer toda a cidade e algumas das cidades que compõem a Grande Aracaju (Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro) pagando-se apenas uma passagem. As conexões são feitas nos Terminais de Integração. Além dos ônibus, estão os táxis. As lanchas (que levam até à Barra dos Coqueiros) Foram paradas após a construção da ponte Aracaju-Barra. Aracaju não possui metrô nem linhas de trem de passageiros - apenas uma linha que transporta produtos químicos, e que passa pela Av. Augusto Franco - antiga Av. Rio de Janeiro -, o que causa uma sobrecarga no sistema de transporte feito por ônibus.
Para se chegar a vários pontos da cidade, é necessário fazer várias conexões entre terminais. Em capitais como São Paulo, o problema foi resolvido através do sistema de conexões com tempo limite, em que um usuário pode trocar de ônibus em qualquer ponto da cidade em até três horas, pagando apenas uma passagem. Aracaju está se preparando para adotar esse sistema a partir de agosto de 2007. Os principais Terminais de integração são o do Distrito Industrial de Aracaju - Terminal do D.I.A. -, Terminal do Centro (Fernando Sávio), Terminal da Rodoviária Nova, Terminal da Atalaia, Terminal dos Mercados e Terminal Maracaju". A prefeitura, nos últimos anos, vem reformando a maioria deles, que ficaram sem manutenção adequada por vários anos.
O custo da passagem é alto, se comparado com outras cidades como Recife, São Paulo, Rio de Janeiro etc., que possuem uma área urbana extremamente maior e uma tarifa não muito mais alta. Em janeiro de 2005 foi autorizado um aumento de 1,30 real para 1,45 real, e em janeiro de 2006, para 1,55 real, atualmente a tarifa é de 1,95 real. Duas empresas detêm a maioria do controle do transporte coletivo urbano (ônibus) na cidade de Aracaju: Grupo Bomfim e Grupo Progresso.
A quantidade de táxis é acima da média de muitas cidades, o que provocou, há alguns anos, uma "guerra" entre as empresas, tornando o preço das corridas de táxi tão baixos que foi necessário um "acordo" entre elas para que o sistema pudesse ser mantido. Com exceção dos dias de chuva, é consideravelmente fácil conseguir um táxi na cidade.
Aeroporto de Aracaju
Além dos táxis comuns, existem os táxis-lotação - táxis que cumprem linhas pré-determinadas - que fazem apenas algumas poucas linhas na cidade, geralmente levando e trazendo moradores de São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro para o centro de Aracaju. A utilização desse tipo de transporte se iniciou de forma clandestina, vindo alguns anos após a se tornar legalizada, com uma frota de carros consideravelmente novos, a um preço poucos centavos mais caro que o ônibus comum.
Agora a cidade se prepara para receber a primeira linha de metro, que sairá do Conjuto Bugio passando pela Av. Augusto Franco e indo até o Conjunto Santa Maria, a ciadade tambem vai receber a licitação de transportes que vai melhorar mais os ônibus de Aracaju e da Grande Aracaju
Rodoviária
Terminal Rodoviário de Aracaju
O Terminal Rodoviário de Aracaju, oficialmente Terminal Rodoviário José Rollemberg Leite, está localizado às margens da Avenida Tancredo Neves, na entrada da cidade para quem vem da BR-101.
A rodoviária recebe ônibus de viações estaduais, regionais e nacionais. Pode-se ir a muitas cidades do estado e diversas cidades da região nordeste, além de outros estados do Brasil.
Cerca de quinze empresas operam com transporte interestadual em Aracaju. Do fluxo total de passageiros no terminal José Rollemberg Leite, 16% são de viajantes de outros estados. As maiores viações ali presentes, são: Itapemirim; São Geraldo; Bonfim; Real Alagoas; dentre outras.
Ciclovias
A bicicleta tem uma crescente importância. Antes apenas com duas ciclovias - a da avenida Rio de Janeiro ou Augusto Franco e da avenida Beira Mar (Zona Sul) - a cidade vem recebendo investimentos federais provenientes do Ministério das Cidades para a construção de mais. Alguns anos atrás foi construída ao longo da avenida São Paulo, dando continuidade à da avenida Rio de Janeiro, e atualmente sendo expandida para outros locais, como o Conjunto Orlando Dantas e a avenida Beira-mar, às margens do rio Serjipe. Atualmente a cidade tem 54 quilômetros de ciclovias.
A Ponte Aracaju Barra ou Ponte Zé Peixe, liga a capital Aracaju ao munícipio de Barra dos Coqueiros, cidades do litoral de Sergipe. Aracaju encontrava-se separada de sua vizinha Barra dos Coqueiros pelo Rio Serjipe. Sua inauguração estava prevista para 25 de agosto de 2006, mas foi adiada para 24 de setembro de 2006, às 18:00h. Seu propósito é aproximar a capital Aracaju ao porto do estado, à beira do oceano Atlântico, dentro do Município da Barra dos Coqueiros. Com a obra, o litoral norte do Estado, que vai da foz do Rio Serjipe, até à foz do Rio São Francisco ficará mais acessível ao turismo em Aracaju.
O projeto original é bastante arrojado para os padrões locais, sengundo informava o portal oficial do governo do estado, essa é a segunda maior ponte urbana do país, sendo uma das maiores do Nordeste. A obra empregou quase mil operários durante sua construção e chama a atenção das pessoas à margem do rio Serjipe, podendo ser vista desde o centro da cidade até a foz do rio, à beira do oceano.
5. Geografia
Aracaju não foi inicialmente a capital de Sergipe. Anteriormente a sede estadual era São Cristóvão. O solo da cidade, inclusive no bairro do Santo Antônio composto por um areial, e em zonas mais próximas ao mar (Bairros Salgado Filho, Grageru, São José) era uma área de manguezal, constantemente inundada. Essa é a área mais urbanizada da cidade, com enorme concentração de prédios, que por muitos anos possuiam altura máxima de 12 andares. Com a aprovação do "Novo Plano Diretor", essa altura máxima subiu para 23 andares.
Os prédios baixos facilitam a circulação de ar pela cidade, que por natureza é bastante quente durante a maior parte do ano. Ao contrário do que acontece nas capitais litorâneas, a zona mais rica da capital está às margens do rio Sergipe, assim como o Centro. À beira-mar, estão os hoteis e casas de veraneio, com exceção de bairros como a Atalaia e a Coroa do Meio, que contém uma grande densidade demográfica.
Hoje, a área de manguezal está coberta por concreto e é onde está localizada a parte mais nobre da cidade, com os bairros Jardins, 13 de Julho, Grageru e outros. A vegetação original e o mangue, que ficava principalmente às margens do rio Sergipe, foram quase que completamente soterrados.
O relevo plano faz com que seja bastante apropriada a prática do ciclismo, sendo este o meio de transporte incentivado pela Prefeitura. A escolha da bicicleta ajuda a diminuir os congestionamentos e libera o transporte público. Apesar disso, o ciclismo ainda é meio de transporte para as classes mais baixas. Existem algumas grandes ciclovias na cidade. As mais antigas são da avenida Augusto Franco, avenida Beira Mar, e mais recentemente, avenida São Paulo (em direção aos bairros mais periféricos), e da praia de Atalaia.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
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