quarta-feira, 12 de novembro de 2008

projeto oficinas ambientais

Projeto “A Mata Atlântica e sua diversidade biológica no contexto da mitigação das Mudanças Climáticas – A contribuição da Sociedade Civil”



MOPEC e Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA

A Mata Atlântica e sua biodiversidade no contexto da mitigação das Mudanças Climáticas – A contribuição da Sociedade Civil



1) Introdução
Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA foi criada em 1992 durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, por 46 ONGS, e constituída legalmente em 1996. São mais de 300 filiadas nos 17 Estados onde o bioma está presente. A instituição tem como objetivo a defesa, preservação, conservação e recuperação da Mata Atlântica através da promoção de intercambio de informações, da mobilização, da ação política coordenada e do apoio mútuo entre as ONGs. A RMA atua em todo o bioma, direta, ou indiretamente por meio de suas filiadas, de forma capilarizada e com conhecimento das problemáticas regionais.

Este Projeto foi elaborado pela RMA e aprovado pela Comissão de Coordenação Conjunta – CCC do PPG7 e será apoiado com recursos do Rainforest Trust Fund – RTF em fevereiro de 2008. Posteriormente, foi feita parceria com a TNC do Brasil, que aportou recursos, visando melhorar alguns aspectos considerados importantes. O Projeto foi elaborado em consonância com os objetivos do Ministério do Meio Ambiente, representado pelo Núcleo Mata Atlântica (Napma). O Programa Mata Atlântica, a ser concluído em breve pelo Napma, terá um capítulo específico para tratar de restauração do bioma. Um dos instrumentos para se promover essa restauração são os projetos florestais de Carbono, um dos focos deste projeto que pretende trabalhar a participação da Sociedade Civil Organizada da Mata Atlântica nesse contexto.


2) Objetivo geral
Contribuir com a conservação e recuperação da Mata Atlântica visando a conservação da biodiversidade e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas globais


3) Objetivos específico

• Discutir e elaborar diretrizes estratégicas para a articulação da RMA com o MMA, visando a implementação deste Projeto e sua relação com o Programa Mata Atlântica;
• Contribuir com a implementação do Programa Mata Atlântica do MMA com foco na participação da sociedade civil, dentro do contexto estrutural da RMA, com participação da Coordenação, GTs e Elos Estaduais, e participação local;
• Contribuir para a capacitação das organizações da sociedade civil na temática das mudanças climáticas e do seqüestro de carbono, por meio da capacitação e difusão de informações sobre a biodiversidade, sua importância socioeconômica, sobre potenciais de conservação, recuperação e serviços ambientais da Mata Atlântica.
• Acompanhar a elaboração e implementação do futuro Programa Mata Atlântica, visando a incorporação dos resultados e lições aprendidas nas políticas públicas;
• Contribuir para a divulgação e implementação efetiva da Lei da Mata Atlântica e para a instituição do Fundo de Restauração da Mata Atlântica (criado pela Lei) e do Programa Mata Atlântica (sucessor do PPG7) como um todo;
• Acompanhar e colaborar com os esforços de cooperação internacional para com o bioma Mata Atlântica, nas esferas federal, estadual e regional.

4) Metas

4.1 Gerar subsídios para elaboração e implementação do Programa Mata Atlântica, incluindo ações de Indução à Recomposição Florestal e ao Seqüestro de Carbono.
4.2 – Apoiar a capacitação da sociedade civil organizada sobre a temática das mudanças de clima e mercado de carbono.
4.3 – Comunicação: Difusão das ações, dos resultados.
4.4 – Apoio à captação de recursos para a sustentabilidade deste Projeto
4.5 – Fortalecimento Institucional

5) Atividades Realizadas até 22/10/2008

5.1) Reunião Prelimiar

Formatado o projeto, a primeira ação do mesmo foi reunir a coordenação da RMA para tratar da organização e programação das 5 oficinas.

Participantes:
Cristina Chiodi (AMDA), Edson Fujita (VALE VERDE), Ednaldo Vieira (ASSUMA), Paulo Souza (IESB), Lisiane Becker(MIRA-SERRA), Elizete Siqueira (IPEMA), Bruno Maciel,
Armin Deitenbach (GFA/Napma) e Luis Pinagé (PDA)

Os participantes acima listados se reuniram em Brasília, dando seqüência às discussões iniciais ocorridas na última reunião da Coordenação da RMA, ocorrida em maio de 2008.

Elizete abriu reunião apresentando o projeto RMA-Carbono e tirando dúvidas sobre o mesmo. Falou da reunião prévia que ocorreu no dia anterior em conjunto com o MMA. Listou os projetos de Carbono em andamento/elaboração no Brasil, levantados pelo consultor do Ministério:

Esses projetos serviriam de referência para as oficinas.

O grupo trabalhou na determinação dos Locais das oficinas e, posteriormente foram discutidos os Blocos Temáticos das mesmas:

1) Lei da Mata Atlântica, Programa Mata Atlântica – cerca 3 horas
2) Carbono – bases teóricas – 3 a 4 horas,
3) Apresentação das ONGs – experiências no tema: restauração, conservação, e/ou políticas públicas –
4) Propostas de diretrizes e estratégias para o Programa Mata Atlântica (Linha Temática Restauração e Fixação de Carbono na Mata Atlântica – dentro do Programa Mata Atlântica)

Em seguida, discutiu-se sobre os convidados externos, que serão divididos em 4 blocos:

1) Governos Estaduais
2) Instituições de ensino e pesquisa – no 2º bloco
3) Empresas
4) Chico Mendes/ibama

Foram identificados, em cada Estado, os convidados:

Lista de convidados externos

Comum a todos os municipios
Comitês de bacias – que estejam próximos de fazer cobrança, ou que já estejam efetuando cobrança
Governo Estadual e Municipal
Comitê Estadual RBMA
Comitê estadual de mudança climática



Sergipe
UFS
Embrapa
SEMA – SE

Esperiências locais
Projeto Mata Ciliar MP
Fórum Gaúcho de mudanças climáticas
Projeto Conservação da Mata Atlântica
Associação RPPNs
RBMA – comitê estadual
Representante das Empresas - Dialogo Florestal
UFSM – santa Maria
Comitê (comitê da bacia hidrográfica)


Lista de Convidados Internos






Sergipe

MOPEC

A Programação das Oficinas ficou assim definida:


Dia 1

8h30.- Abertura
Apresentação dos participantes. Programa e Metodologia. Distribuição do Material Didático
09h00 - Tema 1: A Lei da Mata Atlântica e Mudanças Climáticas
Palestrante: Miriam Prochnow.
10:30h Intervalo
10:50h Duvidas e Debate
12:00h Almoço
14:00h Tema 2: Mercado e Projetos de Carbono
Palestrante: Consultor
Palestra 1) Introdução ao Mercado de Carbono
15:00h Palestra 2) Princípios dos Projetos de Carbono (linha de base, vazamento, adicionalidade, etc)
16:00h Intervalo
16:20h Palestra 3) Passos para o Desenvolvimento de um Projeto de Seqüestro de Carbono
17:30h Duvidas e Debates
18:00h Encerramento

Dia 2

08:30h Apresentações de projetos realizados por ONGs, com enfoque em restauração, conservação e políticas públicas relativas ao tema da Oficina
10:00h Intervalo.
10:20h Continuação das Apresentações
12:00h Almoço
14:00h Organização dos Grupos de Trabalho
Objetivo: Propostas de diretrizes e estratégias para a Linha Temática Restauração e Fixação de Carbono na Mata Atlântica – Programa Mata Atlântica
14:45h Trabalhos em Grupo
16:00h Intervalo
16:20h Apresentação dos Grupos de Trabalho
17:30h Encerramento

5.2) Contratação de Consultores

Foram contratadas as Consultorias BM Geller para a coordenação do Projeto, e Vertice Associados para a Comunicação. A Consultora individual Betsey Neal foi contratada para trabalhar na parte técnica do projeto. Os consultores, em conjunto com a Secretaria Executiva da RMA desenvolveram as atividades listadas a partir do item 5.3.

5.3) Elaboração de Material didático

Foi elaborado o Material Didático para os trabalhos, bem como o material de divulgação. Ambos estão anexos a este relatório. A publicação abrange dois temas específicos para as metas do projeto: A Lei da Mata Atlântica e Projetos Florestais de Carbono.


5.4 Realização das Oficinas

As oficinas foram organizadas em conjunto pelos consultores, Secretaria Executiva da RMA e parceiros locais.

Locais e datas das oficinas:

5.4.1) Objetivo das Oficinas

· Capacitar ONGs filiadas no tema Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono;
· Traçar estratégias de atuação da sociedade civil no tema, visando a recomposição da Mata Atlântica;
· Gerar subsídios, do ponto de vista das ONGs, para elaboração e implementação do Programa Mata Atlântica, incluindo ações de Indução à Recomposição Florestal e ao Seqüestro de Carbono;
· Fazer um levantamento dos projetos e ações ligados ao tema em cada região (Estado da Arte).


5.4.2) Metodologia

Cada oficina vai trabalhar 4 Blocos Temáticos:

a) Lei da Mata Atlântica, Programa Mata Atlântica;
b) Carbono – bases teóricas
c) Apresentação das ONGs – experiências no tema: restauração, conservação, e/ou políticas públicas
d) Propostas de diretrizes e estratégias para o Programa Mata Atlântica (Linha Temática Restauração e Fixação de Carbono na Mata Atlântica – dentro do Programa Mata Atlântica)


5.4.3) Ficha das Oficinas Realizadas

Região - 2 oficinas

Local
Organização local: CONTATO
Local

Ao todo, cerca de 90 pessoas e 60 instituições participaram das oficinas. As contribuições desses participantes para o Programa Mata Atlântica estão consolidadas abaixo.


6) Consolidação das propostas

6.1) Recife

6.1.1)Propostas relativas à Lei da Mata Atlântica

· Sugestão de realizar Campanha “Aqui tem mata atlântica”, abordando lei, decreto, mapa bioma. “Muita gente desconhece que o município tem mata atlântica”
o Voltada para gestores: prefeitos, vereadores, técnicos
o Esclarecer sobre Lei e decreto de regulamentação
o Abordar os Planos Municipais de Conservação da Mata Atlântica

· Produzir Material Educativo específico para a RMA
o Definir bem o público: Escolar (fundamental), Público Alvo das ONGs

· Trabalhar os Planos Municipais diretamente nos municípios
o não só com gestores, mas todos os atores envolvidos
o dar metodologia, discutir, para que todos os municípios façam seu Plano
o Deservolver metodologia para trabalhar com os municípios, dar dicas de como elaborar os Planos Municipais

· Fazer parcerias com Anamma e Abema para divulgação e implementação da Lei

· Trabalhar material específico para outros publicos: produtores rurais, como fazer cooperação com eles
o Lei seria maneira de dialogar com agricultura familiar

· Fazer ações com Ministério Público Estadual/Federal sobre a lei da Mata Atlântica
o capacitação com promotores, procuradores

· Parceria com MDA (?)

· Aproximar lei de pagamento por serviços ambientais com a Lei da Mata Atlântica e a campanhas.

· Estabelecimento de plano de ação da RMA, com ONGs e MP, para aplicação da Lei.

· Trabalhar instrumentos específicos em todas as mídias (Imprensa, virtual, TV e rádio)

· Envolver outras redes para a divulgação e implementação da Lei (rebea, rede certificação, fóruns, Pacto, Diálogo Florestal, etc)

· Produzir versão popular da Lei, de fácil entendimento (até para crianças) Ex.: quadrinhos, trabalhar com pais e filhos
· Utilizar outras linguagens (teatro, por exemplo)

· Elaborar material para conferência infanto juvenil

· Fazer parcerias com MEC e SBPC

· Ao trabalhar a lei, relacionar com mudança climática

· Ésio – filme greenpeace – mudança de clima, mudança de vida

· Estudar o uso de recursos de compensação ambiental

· Inovar no uso de ferramentas como vídeos para o Youtube.com


6.1.2)Propostas relativas ao Programa Mata Atlântica

· Cadastrar Participantes das Oficinas e criar Banco de dados para MMA

· Aumentar ofertas de capacitação qualificadas/+focadas, elaboração de projetos – valorizando as experiências/potencialidades locais.
o Fazer os exercícios em cima de uma realidade.

· Valorização das tecnologias de energias limpas (objetivo de compor documento) pelo governo.

· Sistematizar e difundir experiências de sucesso para servir de referência.

· Promover assessoria a elaboração de projetos.

· Banco de áreas – realizar mapeamento regional de áreas com potencial de restauração com vistas a projetos de carbono.

· Elaboração de publicações sobre o tema.

· Estender informações das oficinas para conselhos profissionais que possuem ligação com meio ambiente, para elaboração e apoio de projetos de carbono.

· Articular patrocínios para eventos.

· Articular oficina regional a partir de realidade local (parecido com idéia anterior).

· Organizar curso de capacitação para elaboração de projetos de carbono para agricultores organizados.

· Estudo de simplificação/barateamento dos DCPs (participativo)

· Associar o sequestro de carbono a outros serviços Ambientais - capacitação para elaboração de projetos vinculados ao pagamento de serviços ambientais – trocas de experiências exitosas com recursos hídricos.

· Priorizar a utilização dos fundos ambientais (fundo da MA, comitês de bacias etc) para incluir Pagamento dos serviços ambientais para agricultores que executem práticas conservacionistas e sustentáveis.

· Incluir a questão dos pagamentos de serviços ambientais nos Planos Municipais de Conservação da MA.

· Elaborar projeto para grandes investidores

· Mapear casos concretos, das comunidades que estão em risco (futuro próximo).




6.2) Belo Horizonte

6.2.1)Propostas relativas à Lei da Mata Atlântica

· Municípios pequenos não têm instrumentos ou recursos humanos para produzir planos municipais. Pensar modelo regional, respeitando diferenças.
o Município, as vezes não sabe como “se virar” diante das restrições

· Usar a microbacia como espaço de planejamento – áreas menores, biologia relativamente uniforme. Já tem arcabouço institucional bem definido, comitês bacias, etc
o outra saída são mini-corredores ecológicos, com vários pontos de atuação

· Ter cautela elaboração do fundo, não travar administrativamente. Usar critérios técnicos acima dos políticos. Usar exemplo do PDA, não do FNMA
o exemplo em MG, Fidro para 2008 tinha 70 mi. Não usou nem 30 mi, por conta de burocracia.
· Lei da MA – só oscips para o fundo? Eliminam muitas entidades. Mecanismo para abrir para outras entidades? como?






· 6.2.2)Propostas relativas ao Programa Mata Atlântica

· O assunto complexo (projetos florestais de Carbono). Precisa de articulação entre várias pessoas e instituições. Sugestão ao PMA: proporcionar vínculo direto das instituições com poder político em Brasília

· Elaborar programa com vários atores em diferentes frentes de atuação.

· RMA deve ser parceira técnica e política no processo de restauração do PMA.

· Utilizar experiências de outras instituições no processo de capacitação para elaboração de projetos de carbono (ou semelhantes), como vistas à restauração.

· Trabalhar a viabilidade econômica dos projetos florestais. Programa guarda chuva para apoiar vários projetos? Apoio aos projetos que já articularam venda de créditos de carbono?

· Criar estratégias para envolvimento de outras ONGs. Usar ações já em campo.

· Identificar e Envolver outras ONGs – criar banco de dados.

· Simplificar a venda de créditos para ONGs. Edital? Cartilha? Difundir informações. Como um projeto já existente pode se beneficiar do mercado de carbono? PMA tem que ser valorizado pelo MMA, de alguma forma. Certificações?

· Criar agente de capacitação - Esperar ongs contratem consultoria é complicado.

· Elaborar programa semelhante ao PDA (não mais demonstrativo) para restauração da Mata Atlantica. Usar modelo do PDA.

· Aproximar o PMA do “Pacto para restauração da MA”. O Referencial teórico está pronto – onde, como o que fazer. Lerf acumulou várias experiências há 30 anos. Mapeamento de áreas potenciais para restauração.




6.3) Porto Alegre

6.3.1)Propostas relativas à Lei da Mata Atlântica

· Fundos ambientais – criar possibilidade do produtor rural ser remunerado pelo Serviço. Implementar Lei Pagamento por serviços ambientais é única maneira pela qual governo pode efetuar pagamento.
o Recurso deve ir para o produtor, não para o município. Princípio produtor recebedor – exemplo da outorga da água. volta para mesma bacia.

· Proposta: Fundo da Mata Atlântica poderia ser usado para o Pagamento de Serviços Ambientais.

· Lei Pagamento de Serviços Ambientais deve ter normas para valoração da MA. Como vai ser feita a valoração da água, da biodiversidade etc? específico para MA. Como fazer? Priorizar RPPNs, se for necessário priorizar.

· Valoração Serviços Ambientais nos campos de altitude e outros ecossistemas, pela biodiversidade e outros serviços.

· Criar estrutura para facilitar averbação de RL.

· Sistema de Recursos Hidricos deve ter informações sobre o bioma, remanescentes etc da MA. Cada bacia deve ter informação sobre o bioma.



6.3.2)Propostas relativas ao Programa Mata Atlântica

· Capacitação para municípios. Qual o retorno que eles tem em todos os aspectos...?

· Água – snuc já legisla sobre pagamento, mas não está regulamentado.

· Priorizar áreas de entorno de UCs .

· Priorizar UC des. Sustentável para pagamento de Serviços Ambientais

· Criar padrão de projeto florestais para carbono, para ser aplicado e adaptado para as várias regiões.

· Eleutério – RMA e/ou governo poderia fazer projetão guarda-chuva. Banco de projetos e Banco de Carbono.

· Elaborar campanha para investidores, criar e manter banco de projetos

· Priorizar áreas já conservadas, inclusive UCs já estabelecidas.

o Focar pequenas propriedades particulares “Não falta governo. Falta o governo priorizar”. “Abraçar o mundo não dá”

· Iniciativas devem considerar fortemente o REDD – tendência mundial. Via RPPN, UC, peq produtor rural etc.

· Energias alternativas – PCH, por exemplo, deve ser mais bem estudado, causa danos, degrada floresta, além do gás Metano.


6.4) Ilheus

6.4.1)Propostas relativas à Lei da Mata Atlântica

· Quem protege está sempre sendo “punido“, este é o maior nó. Sugestão: levar “benefícios efetivos” ao proprietário que conservou a Mata Atlântica
o Sugestão – implementação do fundo para beneficiar proprietários rurais que protegem e/ou recuperam. Financiamento, pagamento de serviços ambientais, etc.

· Aumentar capacidade local para implementar Lei MA – incluir capacitação para conselhos relevantes e efetivar com espaço de controle social.
o Capacitação de agentes locais de fiscalização e multiplicadores. Para municípios com UCs, definir áreas prioritárias, técnicos das prefeituras também devem ser capacitados.
o Incentivar contratação de técnicos.
o As ações não chegam na ponta. Facilitar capilaridade para haver controle social efetivo.

· Contratação funcionários das UC e capacitação.

· A Lei precisa ser traduzida para a população. Investimento em comunicação, cartilhas. Para mobilizar a sociedade, é preciso que ela conheça a Lei.

· Sugestão: bolsa floresta: salário mínimo para proprietário fiscalize e mantenha floresta.

· Agentes de fiscalização “voluntário”. Incentivos (até financeiros) para o conjunto de pessoas que podem incentivar e proteger.

· Reunir diversos órgãos de fiscalização ambiental: guarda municipal, polícia ambiental, Ibama, órgãos ambientais, MP, PRF, ONGs, Polícias Civil e Militar – fiscalização conjunta.

· Incentivar e intensificar a participação e parceria com redes e universidades

· Priorizar compensações para proprietários: questão de água é primordial.

· Trabalhar com ICMS ecológico associado à Lei e ao Plano municipal

· Reunir prefeitos da MA.

· Criar mecanismos para que a população esteja ao “nosso lado”.

o Conquistar população. Concientização, Ed. Ambiental

· Inclusão dos aspectos econômicos na discussão. Fazer um arranjo maior, envolvendo vários atores – produtores, ONGs, empresários, Governo.

· Buscar soluções “mercadológicas”. Argumentos econômicos. Acordo direto entre quem paga e quem recebe – regulamentar essas soluções. Atuar em conjunto, compartilhar experiências. Focar na questão do que podemos fazer para o produtor rural ser um parceiro, debater junto.

· Estamos chegando num ponto de maturação que vemos a necessidade de inserção da economia. Fechar o ciclo, criar um setor econômico da conservação, assim como existe o setor do turismo, da pesca etc. Não podemos depender do setor público. Produtor rural tem que ser nosso publico numero 1. focar no público adulto, economicamente ativo.

· Rma apoio explicito ao REDD

· Criação de um observatório para monitorar a aplicação da lei. Como os setores se comportam? O que cada setor está fazendo? (Ex. monitorar imprensa e fazer os links)


6.4.2)Propostas relativas ao Programa Mata Atlântica

· Sugestão: Trabalhar com comunidade, ponta. Trabalhar melhor a comunicação. Projeto Reflorestavida, projetos pequenos se somados formam um projetão.

· Para Restauração é fundamental inclusão social, ponto de vista cultural, ambiental, social. Aliar pequeno produtor, benefícios econômicos inclusive na restauração, produção de sementes e mudas e outras. Base importante.

· Serviços ambientais da floresta ainda não estão claros. Conciliar com sistemas agroflorestais.

· Sugestão: promover associação de ONGs, para elaboração de projetos que visem a restauração.

· Trabalhar espaço como estratégia de implementação. Projetos devem ter espaço territorial bem definido.


· Restauração: entender e abordar peculiaridades locais. Aí sim, processo de restauração será completo. Conservar o que existe e restaurar quando possível. Várias possibilidades devem estar refletidas no Programa.

· qual o retorno para o público alvo, pequeno agricultor? fazer o recurso chegar na ponta

· Viabilizar pequenos projetos.

6.5) São José dos Campos

6.5.1)Propostas relativas à Lei da Mata Atlântica
Não houve espaço para propostas nesta oficina. Houve muita discussão e dúvidas sobre a Lei

6.5.2) Propostas relativas ao Programa Mata Atlântica

· Fazer uso das experiências adquiridas (PDA, por exemplo). Até agora, houve muitos projetos pilotos – daqui pra frente usar experiências para elaboração e execução do Programa Mata Atlântica.

· Pensar soluções locais

· Promover a cooperação, e não a competição entre instituições.

· Trabalhr o turismo e serviços ambientais nos processos de restauração.

· Não se deve limitar a restauração ao mercado de carbono, vamos perder oportunidades. (fehidro etc). Quanto custa elaborar o DCP: 100 mil$. Não acredito que uma ong possa investir isso. Precisamos usar nichos que não são mercado de carbono. Icms ecológico, etc

· Roberto – proposta intermediária, não preciso concentrar nos advogados. Tópicos de 30 min, com coisas mais importantes.

· Elaboração de cartilhas educativas, para diferentes públicos.

· Usar mecanismos menos burocráticos para propiciar acesso a recursos para a restauração.


· Trazer outras fontes de financiamento, para dar início ao DCP, por exemplo. Créditos de Carbono poderiam ser contrapartida.

· Criar Bolsa de projetos para compradores e vendedores - mais transparente e democrático.

· Banco de dados e sistema de comunicação eficientes. Criar site específico.

· Articular um grande projeto para projetos pequenos. Fazer projeto único – tipo programa de atividades.

· DCP tem uma parte que pode ser financiada. Alguns bancos financiam inclusive o a custo perdido. Rabo bank por exemplo, Projeto Plantar. Facilitar acesso a essas ferramentas.

· Detectar agente financiadores e fazer fórum entre as partes e RMA para proporcionar a troca.

· Promover troca de experiência em oficinas etc de insitituições que trabalham com produção de mudas, viveiros – ajuda no processo de restauração – surgem propostas independente do MMA.

· Criar mecanismos para empresas doarem para o fundo, de modo que repassem para ONGs

· Prever associação do mecanismo à lei do IR ecológico, proporcionando alimentação do Fundo.

· Decentralização cria oportunidades diferentes e mais adequadas à realidades locais. Por exemplo, por meio das bacias.

· Conversar com Funbio, somar à iniciativas.

· Documento político da RMA – É hora de pensar na restauração, em função clima, biodiversidade, etc. para que fundos públicos e privados se atentem para isso.
o acordo internacional que teriam que investir em projetos sócio ambientais – não acontece. No documento acima, ressaltar isso.

· barreiras serão encontradas, importante agir estrategicamente. Planejamento no sentido de agir primeiro onde é prioritário. Os critérios devem ser compartilhados, integrados. Direcionar esforços e recursos para onde é mais necessário. Estruturar todas as etapas.
o Critérios devem ser avaliados pelas partes (redes, por ex).

· Criar banco de dados, informações sobre projetos, trabalhos, metodologia.

· Não deixar fechados nos pequenos redutos. Promover encontros técnicos. Ao avaliar projeto, ter critérios claros, usando sempre mesmo peso e medida.


· Proporcionar acesso a informações e SIG, e de forma fácil. MMA poderia ter sistema integrado de SIG para projetos (prever no plano). Sistematizar/padronizar dados para sociedade.

· Fazer aporte ao Inpe para detalhar estudos dos remanescentes para a escala municipal (inserção de dados).

· Brigar por recursos destinados inicialmente à Amazônia – Ex. Doação do Governo Noruegues.

· Melhorar costura GT clima com RMA.

· Contribuição da sociedade civil “desorganizada”. Criar mecanismo mais participativo para a parte de proteção. Assim como na amazônia, fazer parecido com Mata Atlântica.

· MMA se preocupar com de comunicação/campanha dirigida para publico comum. Valorizar bioma.

· Elaborar estudo para avaliar onde sobra recurso (por exemplo: Fehidro sobrou 1 milhao, cbh pcj sobra $ todo ano, comites de modo geral) para restauração e avaliar o que precisa mudar para que o recurso seja acessado. Oportunidades desperdiçadas.

· Conselhos estaduais de recursos hídricos são caminho para trabalhar restauração e também aporte de recursos. Criar, por cima, indicação.

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