sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PROJETO RESGATE DA HISTÓRIA DE
ESTÂNCIA JARDIM DE SERGIPE DEL REI
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COMUNICAÇÃO
Por: Francisco de Assis O. da CruzSinopse
Durante longos e longos anos o Jornal foi um dos únicos meios de comunicação entre a população em Estância. A notícia costumava chegar através telegramas que na ocasião eram decifrados pelo código Morse ( ._ .- ..- ) onde atualmente pouca gente conhece o seu verdadeiro valor e o quanto ajudou nas alegres e nas tristes notícias. O município de Estância era ligado ao resto do país somente pelo telégrafo com fio e pelo precário também telefone. Manipulador Aparelho inventado por Samuel Morse, no finalzinho do século XVIII.
Gostava de ver meu tio Tenente Antonio Affonso Oliveira e o Cabo Milton transmitindo o código Morse e lendo aquela fitinha cheia de traços e pontos. O Correios antigo (E.C.T.) tinha uma hierarquia própria, Chefe da Estação - Estafeta (quem não se lembra de Valtino com sua chegada peculiar em cada residência, anunciando correspondência, CORREIOS! ) Guarda Fios (meu avô José Antonio de Oliveira, apelidado por "Zé Gabiru" ), foi Guarda Fios. Também tive uma prima funcionária, Aureliana Reis de Oliveira, conhecida como (Lelinha) irmã de Afonso Reis de Oliveira, (Afonso da Farmácia), enfim no correios tivemos muitos conhecidos e amigos. Tentamos junto ao acervo histórico dos Correios sobre a provável data de implantação ou fundação do antigo E.B.C.T. Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos em Estância sem muito sucesso. Tanto no acervo do Rio como o de Sergipe não foi encontrado nenhum registro.
Já o antigo sistema telefônico era muito precário, eram duas cabines, marcava-se hora para conversar e ou receber telefonemas, e outro detalhe era quem quisesse contar segredo por telefone, não precisava grampo para ouvir a conversa, bastava passar na travessa onde ficava a antiga Agencia da Telergipe ou Companhia telefônica de Sergipe, que ficava em frente da atual sede da Telemar à rua Dr. Pedro Soares . Para quem não tinha aparelho em casa, utilizáva-se das Cabines existentes não oferecia um bom isolamento acústico e os papos Há! eram ouvidos aos altos brados, berros, e tudo mais... "Hein !! , O que ??!! - Fala Alto., enfim todo mundo terminava ouvindo assuntos dos outros e como na época não existia rádio, a notícia, corria mesmo pelos "Pésmegahertz, linguamegahertz " em uma incrível velocidade, e logo logo chegava no famoso "jornal de calçada". Elenice Benevides Cardoso ainda trabalhou neste sistema antigo, tira e coloca plugue, roda manivela era um verdadeiro vexame. Hoje de frente a antiga casa que não existe mais tem a Telergipe (Telemar) que também era moderna mas agora um tanto quanto ultrapassada. Pois cada dia, cada hora, a tecnologia esta a serviço do homem modernizando e destruindo em diversos vetores.
Mesmo com o surgimento de emissoras de Rádio no Sul do Pais, Rádio Nacional, Rádio Tupy no Rio de Janeiro, depois vieram a Rádio Mayrink Veiga, e depois a Rádio Globo. Viajantes atrevidos, se aventuravam a comprar os antigos Rádios Capelinha, da Rca Victor, tinha um cachorrinho como logotipo, já o Zennith não me recordo mas o mais antigo, creio que tenha sido o capelinha, antes do radio de Galena claro. Lembro-me que era um mexer na antena um sobe e desce de fios etc.
Dizia meu pai Sr.Pedro Advíncula da Cruz, que um dos primeiros rádios a chegar na região foi para a Usina Castelo em Santa Luzia do Itanhy, para casa do Sr. Cantidiano, dono do Castelo, onde reunia a família para ouvir o locutor, e a melhor hora de boa recepção era a noite. Odulvado Viana, Ari Barroso, que além de compositor era também locutor da Rádio Nacional, músicas de Vicente Celestino, de Lamartine Babo, pai de Osvaldo Sargentelli, e o detalhe os discos de vinil , eram discos (quebráveis de 78 rotações rpm) começava mais ou menos assim. "Casa Edison, Rio de Janeiro Brasil, Tico Tico no Fubá, composição de Zequinha de Abreu, voz de Carmem Miranda. Depois aqui em Estância, para a residência do Sr. Constancio Vieira dai veio a sua popularização com a aquisição de outros modelos a válvulas que muitas pessoas começaram a adquirir. E na rua que não tinha, os vizinhos mais íntimos entravam na sala de quem tinha, os outros mais humildes, ficavam na janela a ouvir as músicas e as primeiras rádio novelas. Era um silêncio... Shheeeee..." Silêncio menino a gente ta ouvino a Rádhia " "Ochente, que besteira.... " cala boca.... Alem do Rádio a outra invenção, isto é Comunicação havia o Programa a Hora do Boca a Boca transmitido pela Rádio Fofoca, muito antiga em Estância aliás havia programas como a "A língua Ferina". Por isto existe um velho Adágio, "Cuidado com a Justiça de Lagarto, a Lepra de Simão Dias e com a Língua de Estância"...
Eh! Eh! Irônico não?

- Enquanto isso na Rádio Calçada
"Você sabia que o senhor Luiz, filho do Sr. Didiê parente do Dr. Jessé Fontes tinha uma bomba de Gasolina no Largo João Pessoa ? é faz concorrência com Pedro Siqueira que também tem uma?." Não? "Você sabia que o Dr. Pedro Soares está inaugurando naquele beco nos fundos do campo do Estanciano, é... de frente da Fábrica de Vidro, ... não menino perto do Necrotério do Hospital Amparo de Maria.... Hán!.....Hum!... Sei.... E daí... é uma usina de gerar energia ...... Ha!! Não era a Rádio Relógio com notícias e informações a cada minuto mas também funcionava. Um dos pontos que costumava reunir o pessoal da antiga , era a Barbearia do Sr. Dede Sobrinha, irmão do Sr. Raimundo Sombrinha que na ocasião morava em Santa Luzia vindo a mudar-se anos após para Estância. Ora logo na entrada da Barbearia, encontrava-se um mural pintado por um artista estanciano, era a figura do Dede Sombrinha, com aquela exuberante barriga, com um pente e uma tesoura, cortando o cabelo de um freguês. E lá estava o Rádio Capelinha, em cima do Armário, onde ficávamos a ouvir a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro e anos depois a Rádio Difusora de Sergipe onde o noticiário famoso era de Silva Lima o Informativo Cinzano as 12:30. As outras barbearias e farmácias da ocasião também eram os tradicionais points.
Rádio Amadores

Alguns Rádios Amadores, se destacavam em Estância, o Sr. Clemente Freitas, funcionário da Fábrica Santa Cruz, o Sr. Machado ex funcionário do Banco do Brasil, apaixonado também pela comunicação, mantinha um estação de Rádio Amador nos fundos de sua residência, onde iniciava a praça 24 de Outubro e terminava no antigo pernambuquinho, quase em frente a casa do Sr. Carlos ex funcionário da Receita. Ouvíamos sempre alô Macanuto, aqui PY e tal e ia falando em um código que para nós na época era indecifrável. Havia também um Senhor Fontes marido da Sr. Ninita Fontes, no antigo Caminho do Rio quase em frente a residência o meu avô Sr. José Antonio de Oliveira Guarda Fios da antiga Empresa Correios e Telégrafos, e outro no Bairro Bonfim.
Serviços de Auto-Falantes
Naquela época havia alguns serviços de auto-falantes instalados na cidade e Bairros.
A voz da Estância, era um serviço prestado a comunidade com propagandas do comercio local, havia noticiário, músicas, ofertas musicais, hora do ângelus, e comentário do Partido Trabalhista Brasileiro do qual pertencia. Sua sede ficava nos fundos da sede do PTB, na rua Gumercindo Bessa, onde também abrigava o então dominical Folha Trabalhista (que utilizava prensas do antigo a Razão)
No Bairro Santa Cruz, na praça da Feirinha perto do Mercado Local, hoje deposito de Postes, era o Serviço de Auto Falante do Sr. Edgar Barreto. Ainda tinha o serviço do Sr Antonio Relojoeiro, tinha uma Moto Monark e sempre a noite tocava suas músicas. O do Antigo Cine São João do Sr. Derneval Carvalho Costa, depois foi o locutor Sr.Benjamim que também anunciava o filme do dia. Cinema Guarany também o senhor Benjamim . No Bairro Botequim havia um serviço e auto falante pertencente o Sr. Francisco dono do X.P.T.O. O mais famoso por pertencer ao Partido Trabalhista Brasileiro, era A Voz da Estância. com dois horários de funcionamento, tinha de tudo, notícias, presentes musicais, propaganda, política, hora do Ângelus, com seus locutores, Gladston de Oliveira, Silveira, Sivaldo. No Bairro Bonfim o serviço era do Sr. Pimentel, que também era dono do Conjunto Musical Unidos em Ritmos. Moacir também se revelou com seu serviço de auto-falantes para quem não o conhece como Moacir é o 'Moscow" colega de infância do Graccho Cardoso.
Serviços Móveis de Auto-Falantes Carro de Som José Sivaldo Santana Silva Um dos primeiros serviços moveis de auto-falantes que podemos dar o aval de melhores, foi o do Sr. José Sivaldo Santana Silva, Locutor experiente, trabalhou na Rádio Esperança desde a sua Fundação, saindo em seguida e montando seu próprio negócio, onde expandiu com Shows, propagandas, murais etc. Talvez o pioneiro.
Sr. Antonio Relojoeiro, também também tinha sua aparelhagem que colocava todas as noites na Janela e transmitia suas notas para os vizinhos, sua "tenda ficava ao lado do atual G.Barbosa perto da Praça da Bandeira"
Temos noticias também de que havia um auto falante na Rua do Aquidabã.
JORNAIS DE NOSSA TERRA
O RECOPILADOR SERGIPENSE
Dez anos após a Independência do Brasil, é editado o primeiro Jornal da Província de Estância, com oficina gráfica própria. Segundo nos consta foi fundado pelo estanciano, Monsenhor Antonio Fernandes da Silveira. (Além de religioso, foi político, bibliotecário e Jornalista).
UNIÃO
Fundado em 1852
O URTIGA
Fundado em 1852
O RABUDO
Não temos informação exata da sua fundação, somente sabemos que foi um dos primeiros jornais domingueiros a circular, por volta de 1869 Proprietário Sr.Manoel Lopes de Souza Silva.
GAZETINHA
Fundado em 1882
O SERENO
No final do século XIX na sua maioria os Rapazes tiveram uma idéia maravilhosa, quando na cidade havia uma celebração como Casamentos principalmente com pessoas da alta sociedade, os rapazes e algumas pessoas que iam se aglutinando na porta, ficavam por ali esticando o pescoço para ver a festa, outros pela janela, e aí criavam as notícias, "Ih! a filha do Sinhozinho Fulano e bla! Bla! ". Estas chamada "instituição" do "Sereno" pelo povo foi muito bem aproveitada pelo Sr. Augusto Gomes, que o fez publicar com o nome O SERENO. Sua edição entretanto, durou pouco tempo. de 1875 a 1876.
A RAZÃO
Em 1896 Augusto Ramos Gomes funda um dos melhores jornais depois do Sereno, atravessou fronteiras com notícias de nossa terra. Testemunha de nosso Progresso.
A VOZ DO POVO
Lauro Santana conhecido como pelo apelido de ( Lauro Babão) fundado em 1929 e sua oficina era instalada na esquina das ruas Getulio Vargas, (Rua Nova) e Rua da Rosa, com a Praça 24 de Outubro, (Parque Velho)Quando o conheci somente tinha uma papelaria onde também vendias revistas, tais como O Cruzeiro, Careta, e Anuário da Senhoras, (era como se fosse um compendio juntando hoje Vip, Fashion, e outras ligada a moda e dicas femininas ) Careta, Gibi Mensal. Roy Rogers, Batman, Bolinha, Vendia também exemplares de jornais atrasados, Jornal do Brasil, e Globo.
O DESCANSO
Fundado em 1905
SUL DE SERGIPE
Final da década de 19(10) para início da década de 19(20) fundado por João Sobrinho, com indicativo à luta política. Dono de uma das casas de secos e molhados famosa naquela época "Casa Souza Sobrinho" que se digladiava com Chico Martins.
A ESTÂNCIA
Fundado em 1931 Alfredo Silva - Oficina inicio da Rua Capital Salomão, quase em frente a antiga sorveteria Cinelandia do Sr. Fernando. Dia de Circulação: Aos Domingos.
FOLHA TRABALHISTA
Comprado da Razão, pelo Deputado Francisco de Araújo Macedo manteve suas principais matérias dirigida em apoio ao Partido Trabalhista Brasileiro do qual era militante, após seu desaparecimento, a Folha foi dirigida também por D. Núbia Nabuco Macedo
SIM SIM
Era 1962, pequenino, mas potente como um marimbondo, assim era o SIM SIM. Editor: João Freire de Faria Amado, órgão da juventude União Redentora da Juventude Estanciana, URJE, liderada pelo Padre Almeida foi considerado pela crítica como “Pasquim” era um instrumento que combatia a repressão e a proibição de diversos acontecimentos, imposta pelo regime militar da época. Com uma ousadia a toda prova, sobreviveu por um longo tempo.
GAZETA DE ESTÂNCIA
Fundado por Nivaldo Silva (ex-Prefeito)- Matutino com circulação também aos domingos.
NOSSO JORNAL
Fundado por Carlos Magno (ex-Prefeito) Deputado Federal
O CAMINHO
Fundado por Francisco Teixeira Filho, intitulado comunicador, e idealizador. Francisco Silva Teixeira Filho Um Jornal com tiragem regular, dedica seu espaço a Política, Fofocas, Sociedade, Cultura, Notícias em geral.
TRIBUNA CULTURAL
Jornal de cunho Jornalístico e Cultural, abrange matérias históricas e interessantes, onde divulga acontecimentos atuais, sobre Rádio, Jornal, e imprensa em geral, Fundado por Magno de Jesus. Maio/2001
FOLHA DA REGIÃO


VEJA BEM
Informativo recém lançado em formato do antigo SIM SIM, idealizado por Marta Maria Alves. Com editoração a cargo da GALERA.COM, que tem um excelente Cyber Café. Traz Noticias de nossa sociedade, e diversas crônicas.
A prensa na foto, é Manual existia também com pedais. Nesta época tinha o
compositor, com consistia em colocar cada tipo de letra que ficava em escaninhos e eram fixados em um a um, depois tiravam a prova de cada matéria ou página para que o revisor desse o aval para prosseguir.
Prensa muito usada nos primeiros jornais de Estância, nos Jornais O Povo, A Estância, Folha Trabalhista. A arte gráfica era muito adiantada para época, as notícias é que já eram passadas, pois a maioria dos jornais circulavam somente aos domingos. Depois destas máquinas chegaram as que faziam o Linotipo onde tinha uma panelinha com chumbo derretido, que ia formando a chapa para a prensa mais moderna, depois veio a época do off-set e a era de softwares modernos verdadeiros editores, onde junto com a tecnologia, dispensa o revisor e o encarregado da arte final. Infelizmente a maioria dos Jornais fundados e distribuídos em Estância foram fundados por dirigentes políticos, e poucos Jornais visava divulgar simples noticias e propaganda isto é com conotação jornalística. Outros entretanto, serviam somente para divulgar feitos políticos, peculiar de uma verdadeira província.
Atualmente ficamos sabendo através do amigo e escritor Cláudio Araújo Dortas, que existe mais dois matutinos, sendo que sua tiragem é feita quinzenalmente. Uma verdadeira vergonha, para Estância, que outrora era considerado o berço cultural de Sergipe.


E agora na era Moderna o pessoal da GALERA.COM vem aí a todo vapor com seu jornal virtual. Brevemente teremos também publicações da ONG VIVA ESTÂNCIA.
Podemos aqui destacar alguns "Jornalistas"
Monsenhor Antonio Fernandes da Silveira. Sr.Manoel Lopes de Souza Silva Augusto Gomes João Nascimento Alfredo Silva Raimundo Silveira Souza Dorival Carvalho Costa Carlos Tadeu (Daniel) Cláudio Araújo Dortas
Mágno de Jesus
Valter
Sena Francisco Teixeira Filho
José Raimundo de Jesus Andrade
Geovani
João Rocha de Oliveira
João Izídio
Tutti
Gina

(Envie-nos nomes de jornalistas Estancianos para enriquecer nossa lista)

Emissoras de Rádio AM & FM
Primeira no interior de Sergipe
Era assim ZYC-25 1.250 KiloHertz 1 Kilo Watts de Potência (1967) Rádio Esperança de Estância AM Conheça sua História ZYJ-925 Freqüência: AM Endereço: Praça Coronel Gonçalo Prado, S/N Bairro Santa Cruz Cep: 49200.000 Estância - Sergipe Fone: 0XX79 522-1411 Fax: E-Mail: Fundada em 01 de Maio e 1967 hoje com 36 anos Idealizador e Fundador Eng. e Jornalista, Jorge do Prado Leite Fundação de Educação e Cultura - órgão administrador.
Radio: Radio Jornal De Estância - FM Freqüência: FM Endereço: Rua Domingos Alves Ribeiro Bairro Alagoas Cep: 49200-000 - Estância - Se Fone:079 522-2532 Fax:
Atualmente mantém um dos melhores programas de Rádio do Interland sergipano, com o comunicador Dissanti das 7:00 às 9:00 da manhã, onde o povo participa reivindicando ação das autoridades, em um trabalho em prol da cidadania
E-Mail:
Radio Abais 1.450 kHz Freqüência: AM Endereço: Rua Elísio Matos (Próximo ao Bairro São Jorge) Cep:49200-000 - Estância - Sergipe Fone: Fax: E-Mail:
Algumas novas emissoras não sobreviveram devido a exigência da lei de rádios comunitárias.
Radio :Mega Jovem FM (Rádio Comunitária) Endereço: Rua Antiga Rua Monsenhor Vitorino, (Antiga Rua do Arame) Bairro: Alagoas Cep:49200-000 Estância - Sergipe Fone: Fax: E-mail:
Rádio Catedral - Não Durou muito.

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