terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sobre aimportancia da preservação da mata atlântica

Movimentos conservacionistas e ambientalistas começaram no Brasil na década de 1930. A primeira área protegida, o Parque Nacional de Itatiaia (RJ), foi estabelecido em 1937. (Por, 1992)
No nível governamental, as primeiras leis importantes, foram aprovadas em 1934, regulando a utilização da água, exploração da floresta, caça e pesca. (Por, 1992)
No âmbito mundial em 1968, a UNESCO sugeriu que fosse estabelecida uma rede mundial de proteção para áreas especiais do planeta. Em 1971, foi criado o programa MaB (Man and Biosphere), o Homem e a Biosfera, com o objetivo de conciliar a proteção do ambiente ao desenvolvimento humano. Nesta mesma década, 1977, foi criado o Parque Estadual da Serra do Mar, que justaposto ao Parque da Serra da Bocaina, formou com ele o maior corredor de proteção do bioma Mata Atlântica, até então. (Rocha, 1998)
Entre as organizações não governamentais houve um aumento na sua participação nas últimas décadas, com a atividade de organizações mais antigas como a Fundação Brasileira de Conservação da Natureza (FBCN), mais novas, como a Fundação SOS Mata Atlântica e ONGs internacionais como a WWF e a Conservation International, que atuam na preservação da Mata Atlântica de diversas formas: colaborando na definição de um método e sua aplicação, possibilitando a identificação de prioridades para a proteção da Mata Atlântica, apoiando movimentos contra agressões ao ecossistema e desenvolvendo projetos de educação ambiental.
Muitos já perceberam que a única forma de enfrentar o enorme desafio da civilização de nossos dias é construindo uma nova concepção de desenvolvimento, que não destrua a natureza, que atenda às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.
Com a defesa da mata e a criação de Unidades de Conservação um novo problema surgiu: as populações tradicionais que vivem nas áreas destinadas à conservação. Há muitas gerações, utilizam seus recursos, originalmente em harmonia com o ambiente. Estes povos foram, em muitos casos, vítimas de uma política ambiental restritiva e sem a devida visão social, que os tratava como intrusos de suas próprias terras. Atualmente, os programas de gerenciamento das Unidades de Conservação contemplam a participação da comunidade local, envolvendo-a no seu gerenciamento e dando abertura para a utilização de seus recursos.
Algumas práticas podem ser desenvolvidas de tal forma que causem um mínimo impacto e permitam a utilização da mata, como é o caso do ecoturismo, respeitando os limites naturais das áreas visitadas, os costumes e tradições locais. O manejo sustentável dos recursos florestais, como é o caso do palmito Jussara (em risco de extinção) e da fauna local, projetos de agricultura orgânica, de apicultura, a utilização de energias alternativas (eólica e solar), a criação das Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), a implantação da Agenda 21 local, o ICMS ecológico, que destina recursos de impostos de circulação de mercadorias aos municípios que abrigam parques e áreas protegidas, são alguns dos exemplos dos mecanismos de conservação existentes atualmente. Mas ainda existem lacunas a serem preenchidas no campo do desenvolvimento sustentável até que se alcance uma relação equilibrada e sadia entre as atividades econômicas e sociais e a Mata Atlântica.

Nenhum comentário: