segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Renda Irlandeza Patrimonio Cultural do BrASIL

A Renda iRLANDEZA de Divina Pastora Sergipe é considerada Patrimônio Cultural do Brasil
A Manutenção da tradição por associações locais rendeu o reconhecimento nacional do artesanato.
A renda irlandesa de Sergipe foi considerada Patrimônio Cultural do Brasil pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Introduzida em Sergipe pelo colonizador português, a renda irlandesa logo se tornou algo associado à aristocracia. Com um traçado intricado que utiliza uma folha de papel manteiga como suporte, a renda irlandesa difere de outros tipos, como a renda de bilros, por exemplo, devido aos espaçamentos entre os pontos e desenhos mais elaborados.
Aos poucos a tradição das famílias ricas foi aprendida pelas serviçais, e o que era símbolo de ostentação acabou servindo de sustento para muitas famílias. Somente na cidade de Divina Pastora, reduto da produção rendeira no Estado, 122 mulheres rendeiras foram cadastradas pela Associação pelo Desenvolvimento da Renda de Divina Pastora - Asderen. A associação teve papel decisivo no reconhecimento da atividade artesanal como patrimônio cultural, pois auxiliou na pesquisa de registro e catalogou o trabalho de artesãs em sete localidades no estado.
O fato de ser uma arte que perdura há muito tempo com as mesmas características e de se constituir um saber popular fez com que a renda irlandesa pudesse ser considerada Patrimônio Cultural do Brasil. Com o título, a associação espera poder divulgar ainda mais o artesanato e trazer mais renda (essa em dinheiro) para as famílias de Divina Pastora. O reconhecimento atrai um interesse em conhecer a renda que beneficia outras áreas, como o turismo.

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