terça-feira, 20 de janeiro de 2009

municipio de capela Sergipe

O município de Capela está localizado no Território Leste do Estado de Sergipe, sendo formado por 9 municípios: Capela, Carmópolis,
Divina Pastora, General Maynard, Japaratuba, Pirambu, Rosário do Catete, Santa Rosa de Lima e Siriri, população de
91.779 hab. e área de 1.474,10 km²

Dados sobre o município de Capela
População: 27.913 habitantesHomens: 13.737Mulheres: 14.176Área Total: 431,0 km²Dens. Demográfica: 64,76 hab/km² Altitude: 162 mDDD: 79CEP: 49700-00

História do município de Capela
Quando, do surgimento do município, em princípios do século XVIII, o capitão Luís de Andrade Pacheco e sua mulher, Perpétua de Matos França, fixaram residência em terras situadas entre o rio Japaratuba e a localidade de Coité, já os tupinambás as haviam abandonado, tangidos pela proximidade do homem branco. O sentimento religioso do casal determinou a doação, por escritura lavrada no tabelionato de Santo Amaro das Brotas, da quantia de cem mil réis, destinada à construção de uma capela sob o orago de N. S.ª da Purificação, no sítio denominado Tabuleiro da Cruz, em 1735. Dois anos depois, estava a capela construída. A freqüência de missas e de festejos promovidos pelo padre Luís de Andrade Pacheco, filho dos doadores, atraiu moradores circunvizinhos, que construíram novas casas e ranchos nas proximidades.O plantio do algodão, a cultura da cana e o açúcar fomentaram o comércio e expandiram a localidade.No princípio do corrente século, o progresso do Município marchava mais vivo com a mecanização de sua indústria açucareira, datando de 1914 a primeira usina de açúcar cristal. Em 1915, o ramal ferroviário Murta-Capela ligou-o aos municípios servidos pela Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, inclusive às capitais Aracaju e Salvador, o que, sem dúvida, Ihe propiciou notável desenvolvimento.O distrito deve sua criação ao Alvará de 9 de fevereiro de 1813.Em virtude da Resolução do Conselho do Govêrno, aprovada pela Lei provincial de 19 de fevereiro de 1835, criou-se o Município, sob a denominação de N. S.ª da Purificação da Capela, com território desmembrado do Têrmo da Vila de Santo Amaro das Brotas.Formação Administrativa:A Lei n.° 1.331, de 28 de agôsto de 1888, concedeu à sede municipal foros de cidade. Até 1954, era composto de um só distrito, quando sofreu reformulação administrativa, pela Lei n.° 554, de 6 de fevereiro, passando a 4: Capela (sede), Barracas, Miranda e Pedras. Atualmente conserva tal composição.

Lampião em Capela
Assim como outras cidades da região, Capela foi visitada por Lampião na época do cangaço.Lampião esteve em Capela por duas vezes. Na primeira, em 24 de outubro de 1929, mandou chamar o prefeito Antão Correia de Andrade para que entrasse na cidade com ele. Virgulino passou no telégrafo e depois foi ao Cine-Teatro Capela. Filme mudo e orquestra tocando. Depois que Lampião entrou, as luzes se acenderam e o povo começou a querer sair. "Daqui ninguém sai e quem correr vê o gosto da bala atrás", teria dito Lampião. O juiz correu, conseguiu pular o muro e se escondeu num convento.O filme era Anjos das Ruas, de Janet Gaynor. Lampião mandou que a luz fosse apagada e que o filme continuasse. Disse ao jornalista Zózimo Lima que nenhuma notícia dele era para ser dada. Lampião não gostou do filme e saiu. Ele teria pedido ao prefeito 20 mil contos de réis, mas Antão só tinha 5 e ele aceitou.Em seguida, Lampião e o bando foram a uma pensão e lá almoçaram. A turma foi para a Estação de Trem à espera de soldados que vinham da Bahia. Mas nada de soldados. Depois de receber o dinheiro, de fazer algumas compras e pagar e de ganhar um livro sobre a vida de Jesus, Lampião reuniu o bando e foi embora.Em outubro de 1931, Lampião e o bando voltam a Capela. Fazem alguns reféns nas fazendas e manda o irmão do vigário informar que entraria de novo na cidade. O recado foi dado, mas desta vez um grande grupo de moradores (inclusive mulheres) se organizou, armou-se e ficou escondido nas torres da igreja. Lampião achou demorado o recado, entra na cidade e é recebido com chumbo.Fazendo referência aos tiros que vinham das torres da igreja de Nossa Senhora da Purificação, Lampião teria dito: "Vamos embora que nesta cidade até os santos atiram". Virgulino ficou nos arredores da cidade e teria praticado uma série de crimes. O Jornal da Tarde, de São Paulo, em 30 de julho de 1973, conta as histórias de Lampião em Capela.

O município de Capela está localizado na região nordeste do Estado de Sergipe,limitando-se a norte com o município de Aquidabã, a oeste com Siriri, Nossa Senhora das Dores e Cumbe, a sul com Rosário do Catete e a leste com Muribeca e Japaratuba

O CLIMA
O clima do município é do tipo megatérmico seco e sub-úmido, com temperatura média no ano de 24,9oC, precipitação pluviométrica média anual de 1.372mm e período chuvoso de março a agosto.

O RELEVO
O relevo é dissecado, predominando as formas de tabuleiros, colinas e cristas,com aprofundamento da drenagem de muito fraca a fraca.


O SOLO
Os solos são Podzólicos vermelho amarelo equivalente Eutróficos, Escuro, Latosol vermelho amarelo e Aluviais Eutróficos e Distróficos.

Lendas
Lenda da Bica - Os índios das tribos Tupã e Tupinambá eram inimigos. O cacique dos Tupã tinha uma linda filha, Bica, que se apaixonou pelo filho do cacique Tupinambá, o Beca. Um amor proibido, impossível. Um dia, os dois jovens índios foram flagrados pelo pai de Bica. Beca e Bica foram mortos e no lugar onde isso aconteceu nasceram minadores de água límpida. Acredita-se que a água sejam as lágrimas dos índios assassinados.Lenda da Igreja do Amparo - Acredita-se que do Cruzeiro até os fundos da Igreja Nossa Senhora do Amparo, à meia-noite, se alguém colocar o ouvido no chão ouve barulho forte de água corrente. Uns acreditam ser uma "perna" do Rio São Francisco.



O turismo
Festa do Mastro - Ela surgiu em 1939 por iniciativa de João Nelson de Melo. No dia 29 de junho, junto com seus irmãos e amigos, fez uma festa simples na Rua da Palmeira. Os anos passavam e a festa crescia. No noite de 31 de maio, o grupo folclórico da Sarandaia sai pelas ruas para acordar São João e pedem prêmios para serem pendurados num mastro que será arrancado na festa de São Pedro. No dia 28 de junho um homem vestido de baiana também sai pelas ruas pedindo prêmios para colocar no mastro. No dia 29, pela manhã, a multidão sai para a mata atrás de uma grande árvore. A madeira é cortada e levada num cortejo para a cidade. A lama é ingrediente básico da festa. À noite tem a queima do mastro, que tomba e os prêmios são coletados. Nesse momento tem o Grito da Vitória e a guerra de busca-pés. Também é bastante comemorada a festa da padroeira nossa senhora da purificação, que costumeiramente celebra-se no dia 2 de fiteiro quando a população sai ás ruas da cidade em procissão a virgem da purificação e todos os santos da igreja matriz.
Atualmente, Capela é famosa pela sua festa de São Pedro, onde centenas de foliões buscam nas matas próximas à cidade e erguem numa das praças um "mastro", árvore escolhida para levar em seus galhos superiores prêmios que serão posteriormente disputados em meio a uma "guerra" de rojões. Estes prêmios são ofertados pelo comércio local, sendo captados no evento conhecido como "Sarandaia", que ocorre no 1º dia do mês de junho, quando um habitante local, travestido de "baiana", passa de porta em porta acompanhado por banda de pífanos e foliões. Ao cair da noite, uma imensa fogueira é acessa aos pés do mastro e, enquanto este queima, é travada uma guerra de "espadas", "busca-pés" e "limalhas", todos derivações de rojões. Assim que o mastro cai os "combatentes" se lançam sobre ele à cata dos tais prêmios.
Também se pratica o turismo ecológico com passeios, banhos e visitação pública para a mata o junco (refugio de vida silvestre) e à bica onde se faz muita farra e toma-se banho.


Filhos ilustres
Capela é também famosa pelos filhos que lá nasceram:
Adroaldo Campos (Dudu da Capela) - Foi um dos maiores advogados de Capela;
Antão Correia de Andrade - Fundou o jornal “A Voz da Capela” e a Casa do Livro;
Augusto Ribeiro - Proprietário de uma fábrica de sabão. Foi dono do primeiro posto de gasolina;
Cônego José da Mota Cabral - Foi vigário de Capela durante 50 anos;
Dioclécio Gomes de Andrade - Grande comerciante de tecidos;
Edélzio Vieira de Melo - Médico, professor, líder político, prefeito, deputado estadual e vice-governador;
Francisco Alves de Carvalho Júnior (mestre Francisquinho) - Fundador da Filarmônica “Lira Nossa Senhora da Purificação”;
Francisco Vieira de Andrade - Juiz de Direito durante 25 anos e dono da primeira usina de açúcar do município, a Proveito;
Honorino Leal - Juiz de Paz. Foi Agente da Borracha e delegado de polícia;
Major da Guarda Nacional - Vereador e intendente. Foi deputado estadual por seis legislaturas;
José Cabral Neto - Promotor de Justiça e fundador da Fábrica de Sabão Caçote;
José Luiz Coelho e Campos - Primeiro promotor público de Capela. Foi deputado federal e senador. Quando ocupava o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal conseguiu levar para Capela a estrada de ferro. Doou o prédio de sua residência para ser transformado numa escola, que recebeu seu nome;
Maria Cecília de Oliveira - Foi a primeira e única a receber o título de Miss Capela, além de ter sido a primeira vencedora do concurso da Rainha do São Pedro. Ela foi patrocinada pela "Casa do Disco".
Manoel Raimundo de Melo - Ordenou-se sacerdote e foi vigário de Itabaiana;
Comendador Manoel de Souza Campos - Comerciante e banqueiro. Foi agraciado pelo imperador D. Pedro II com o oficialato da Imperial Ordem da Rosa e com a comenda da Imperial Ordem de Cristo, por ter libertado todos os seus escravos;
Léa Maria Lima Santos - declamadora de poemas famosa no estado do Sergipe.
E mais: Irmã Maria Clemência da Costa Lima, Juarez de Oliveira Leal, Moacyr Carvalho, Manoel Cardoso Souza, Manoel Gomes Moura, Maria da Glória da Mota Cabral, Maria de Jesus Almeida, Maria Rosa de Jesus Mota, Mestre Olívio, Monsenhor Eraldo Barbosa, Odilon Ferreira Machado, Otaviano da Mota Cabral, Otávio Teles de Almeida, Raul Dantas Vieira, Ariovaldo Barreto, Carlos Figueiredo Cabral, Flora Souza, Floriano Rocha,Antonio Arimateia Rosa,Irmã Joana Bosco, Antônio Arimateia Rosa e LizaldoVieira Poeta e Ambientalista ,
entre outros.

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