Essa mensagem é para os amigos e amigas que vivem a mata atlântica, na sua realidade, no seu dia-dia. Ofereço meu poema MATAM o JUNCO em referência aos danos do nosso refúgio de Vida Silvestre (mata do junco )no município de Capela - Sergipe
MATAM O JUNCO -LIZALDO VIEIRA
Uma mata que assam
Devoram
Atacam
Devastam
E mal tratam
Do império da cana
Ao estagiário de “Nero’
O “queimador”..
Lá no junco é assim....
Uma mata ali se torra
Se estoura
Se detona
Sem dó e sem pudor
Só por bel prazer e festa
Só pra brincar de carnavalescos fora de época..
Acham que ali é um luxo
Ser preservado
É lixo
Pra ser queimado.
Nada presta.
Lê do engano.
Falo da mata
Que tem ciência
E cura doenças
Que tem riacho
Com água boa de beber
Que dá frutos aos cachos
Pra se comer...
Até a fonte dá-gua viva
Já ensaiaram de vender...
Mais lá resiste “ guigó “
Resistem bichos e nichos
Da biosfera
Que é RESERVA.de oxigênio ...
Querendo livrar-se das feras
Querendo viver
Não adianta
Não tem previdência
Cadê consciência
Sobra ganância..
Do podre poder da arrogância ..
Pra acabar a fauna
Pra queimar a flora
Pra devorar a vida
Pra tudo corroer....
E tiram lenha,
E tiram madeira
E tiram do riacho a areia
E levam lixo
E levam esgoto pro lagartixo
Por ali já se vê caxixe
Já não se pode mais viver
Nem mesmo teia de aranha
Que no ar se desenha.
Naquele lugar não há lugar.
Pra que periquitos
Pra que teiús e preás,
Pra que paca e cotias
Tatus e tamanduás
Até já se vê jia
Virando petisco no bar.....
Pra que vida
Pra que água
Pra que beleza
Nessas terras escravas
De“neros “ e “alibabas“...
Aí ! Meu Deus
Quem dera pernas
Quem asas
Nessas matas atlânticas
Pra andar e voar...
Pois sei bem
Se tivessem pés
E não os tens
Não seriam manes
Sumiriam com seus bichos
Rios e igarapés
Pra bem longe daquele lugar...
Onde o “bicho” inimigo
Contagiado de perigo
Jamais pudesse alcançar ...
quarta-feira, 18 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
Povo de Capela Sergipe Bota Lampião Pra Correr
Um pouco da história de Lampião
Quando o povo de Capela Sergipe
O fez correr da Cidade
Quando o povo de Capela Sergipe
O fez correr da Cidade
"Trata-se de uma história pública, mas ocorrida entre os meus. Encontrei algo na home-page — pena que "página-casa" soe tão esquisito... — do município de Capela, mas lembrava dela sendo contada por pai — que nem era nascido quando o fato ocorreu — e tia (uma delas), já uma mocinha na época, além de boa contadora de histórias. Segue parte do que escutei.* * * * *Na primeira das duas vezes em que Lampião esteve em Capela (Sergipe), em 24 de outubro de 1929, mandou chamar o meu avô, Antão Correia de Andrade — prefeito à época —, exigindo que entrasse na cidade com ele. Ao encontro lá se foi seu Correia, do alto dos seus um metro e sessenta e poucos, após despedir-se de (e deixar muito preocupados) mulher e filhos, sem saber se voltaria sobre os próprios cascos.Uma vez diante do bando, um curto diálogo se deu, ao que parece, com Virgulino pedindo 20 mil contos de réis para sair por onde veio e sem causar muito furdunço. Seu Correia, voz mansa, bem que avisou: mesmo indo de casa em casa, raspando tudo o que encontrasse, o cangaceiro não conseguiria mais do que cinco. Lampião aceitou os tais cinco contos, mas não foi aí que tudo acabou.Acompanhando a conversa estava Corisco, o “diabo louro” — dos capangas, o mais avessado —, que arrodeava o meu avô com chispas nos olhos, pisando-lhe um dos pés com suas pesadas botas, meneando seu longo punhal e perguntando ao chefe, entre cerimônia e respeito: “num vai rolar um sanguezinho não, dotô?” Ao que tudo indica (e para sorte deste escriba), Lampião não deu trela para o seu segundo, daí que seu Correia só veio a partir desta uns bons quarenta e quatro anos depois, a tempo de pôr o meu pai no mundo e viver outras a(e des)venturas.Disse eu que não findara ali o ocorrido, e não minto. O que significa? A quebra da palavra empenhada, com o furdunço seguindo a passos largos em direção à cidade. Pois a confusão chegou em bando ao Cine-Teatro Capela, virgens (e curiosos) que eram os olhos do cangaceiro, em matéria de cinematografia muda e com orquestra. Lampião adentrado no recinto, acenderam-se as luzes e o povo põe-se a querer sair. “Daqui ninguém sai, e quem correr vê o gosto da bala atrás”, teria dito. Do ocorrido, conta-se que o juiz local escafedeu-se, bem antes de lhe perseguirem as balas, pulando o muro e escondendo-se num convento; e que era “Anjos das Ruas” o título do filme, de Frank Borzage — com Janet Gaynor, Oscar de melhor atriz. Dito aquilo e contado isto, Lampião mandou que as luzes se apagassem e que o filme continuasse — ordem cumprida de forma pouco ortodoxa, com o nervosismo do operador do projetor fazendo com que na tela os Anjos passassem de ponta-cabeça. Se bem que como a novidade era tanta, o facínora nem se deu conta, ainda que a história diga que ele não gostou do filme e saiu.Não se sabe se pelo adiantado da hora ou pelo enfado do filme, ocorreu do apetite dirigir o bando para uma pensão, onde todos se refestelaram antes de partirem para a estação de trem, à espera dos anunciados soldados que viriam da Bahia. Sim, porque esqueci de dizer, a milícia da cidade contava apenas com um soldado e um mísero fuzil — não sei se é exagero de quem me contou... —, ambos de paradeiro desconhecido (por ignorância deste que vos conta, que é para não cometer injustiças). E desconhecida também era a hora de chegada dos tais reforços do estado vizinho, já que naquele tempo o ritmo das coisas era outro. Restou ao meliante receber o dinheiro prometido, pagar pelas compras que fez, ganhar um livro sobre a vida de Jesus — posto que o sociopata era temente a Deus, também ouvi dizer —, reunir o seu bando e ir embora, para retornar mais uma vez dois anos depois, fazer reféns nas fazendas da região e mandar o irmão do vigário informar que entraria de novo na cidade. Só que desta vez as coisas não se deram como de antanho. Recado dado, resposta demorada; confiante, decidiu entrar na cidade, mas zuniram-lhe balas. Isso porque o povo se organizou e armou-se como pôde, alguns postando-se no alto das torres da igreja de Nossa Senhora da Purificação, nem tão altas assim, e resolvidos a mandar o filho do demo pro diabo que o carregasse.Conta o Jornal da Tarde, de São Paulo, datado de 30 de julho de 1973, que as últimas palavras da passagem de Lampião por Capela Sergipe , ao ver a saraivada de chumbo vinda da igreja, do Amparo, foram: “Vamos embora, que nesta cidade até os santos atiram”.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
É PRECISO PLANTAR MILHÕES DE ÁRVORES PARA LIMPAR E SALVAR O PLANETA
É PAPEL FUNDAMENTAL DE GOVERNOS E DA SOCIEDADE INVESTIR EM PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL EM AÇÕES LOCALIZADAS, COM PLATIUU DIRETOS DE MILHÕES DE MUDAS DE ÁRVORES, ESPECIALMENTE AS NATIVAS, VISANDO A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO PLANETA TERRA.
Por LIZALDO VIEIRA
Por LIZALDO VIEIRA
Monumento São Franccisco de proteção da Caatinga
Monumento Natural do São Francisco.
10/06/2008
A secretária de Biodiversidade e Floresta, Maria Cecilia Wey de Brito, e técnicos do Departamento de Áreas Protegidas e do Núcleo do Bioma Caatinga reúnem-se nesta quarta-feira (11) com a promotora Luciana Koury, do Ministério Público Estadual da Bahia, para dar continuidade ao processo de consulta pública sobre Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco, previsto para ser criado até o fim deste ano. Com área proposta de 30,5 mil hectares localizados na divisa dos estados da Bahia, Alagoas e Sergipe, a unidade de conservação protegerá a formação de cânions de mais de cem metros de altura e a região lagunar da Usina Hidrelétrica de Xingó, além de uma significativa área de Caatinga ainda não alterada pela ação humana.
Um dos principais biomas do país e único no mundo, a Caatinga guarda muitas espécies vegetais e animais endêmicos e inúmeros sítios arqueológicos. Toda essa biodiversidade, no entanto, está altamente ameaçada pela ocupação humana, que já modificou 80% do bioma que também está pouco representado no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Apenas 4% das terras protegidas por unidades federais estão na Caatinga.
A área proposta para o Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco está no cristalino, formação rochosa de mais de um bilhão de anos, com clima semi-árido e sujeito ao processo de desertificação. Além da vegetação típica da caatinga a unidade protegerá áreas de arenito, que possuem flora própria e espécies endêmicas. Entre a fauna nativa destacam-se a Arara Maracanã, ameaçada de extinção, e uma espécie recentemente relatada de lagarto do gênero Mabuia.
O monumento que protegerá as margens do Velho Chico será a primeira unidade de conservação desse tipo sob administração federal. Ele não exigirá a desapropriação das terras nem impedirá o turismo de embarcação e ecoturismo que já são realizados na região. Pelo contrário, submetidas aos critérios de sustentabilidade e ao controle social, as atividades serão fortalecidas com a criação da unidade.
O MMA também ultima os estudos para a criação do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, nos municípios baianos de Sobradinho e Santo Sé, também no bioma Caatinga. As audiências públicas, que estavam previstas para os meses de julho e agosto, foram adiadas para novembro em função do período eleitoral.
10/06/2008
A secretária de Biodiversidade e Floresta, Maria Cecilia Wey de Brito, e técnicos do Departamento de Áreas Protegidas e do Núcleo do Bioma Caatinga reúnem-se nesta quarta-feira (11) com a promotora Luciana Koury, do Ministério Público Estadual da Bahia, para dar continuidade ao processo de consulta pública sobre Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco, previsto para ser criado até o fim deste ano. Com área proposta de 30,5 mil hectares localizados na divisa dos estados da Bahia, Alagoas e Sergipe, a unidade de conservação protegerá a formação de cânions de mais de cem metros de altura e a região lagunar da Usina Hidrelétrica de Xingó, além de uma significativa área de Caatinga ainda não alterada pela ação humana.
Um dos principais biomas do país e único no mundo, a Caatinga guarda muitas espécies vegetais e animais endêmicos e inúmeros sítios arqueológicos. Toda essa biodiversidade, no entanto, está altamente ameaçada pela ocupação humana, que já modificou 80% do bioma que também está pouco representado no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Apenas 4% das terras protegidas por unidades federais estão na Caatinga.
A área proposta para o Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco está no cristalino, formação rochosa de mais de um bilhão de anos, com clima semi-árido e sujeito ao processo de desertificação. Além da vegetação típica da caatinga a unidade protegerá áreas de arenito, que possuem flora própria e espécies endêmicas. Entre a fauna nativa destacam-se a Arara Maracanã, ameaçada de extinção, e uma espécie recentemente relatada de lagarto do gênero Mabuia.
O monumento que protegerá as margens do Velho Chico será a primeira unidade de conservação desse tipo sob administração federal. Ele não exigirá a desapropriação das terras nem impedirá o turismo de embarcação e ecoturismo que já são realizados na região. Pelo contrário, submetidas aos critérios de sustentabilidade e ao controle social, as atividades serão fortalecidas com a criação da unidade.
O MMA também ultima os estudos para a criação do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, nos municípios baianos de Sobradinho e Santo Sé, também no bioma Caatinga. As audiências públicas, que estavam previstas para os meses de julho e agosto, foram adiadas para novembro em função do período eleitoral.
O Estado de Sergipe
A organização político-administrativa de Sergipe
O terriório sergipano possui 75 municípios, agrupados segundo o IBGE em 13 microrregiões políticoadministrativas, que fazem parte de 3 mesorregiões.
A partir de abril deste ano 2007 o Governo Estadual, através da Secretaria de Estado do Planejamento, em parceria com Universidade Federal de Sergipe, respeitando critérios como dimensões econômico-produtiva, geoambientais, sociais, político-institucionais e culturais, dividiu o Estado em oito territórios, que serão a base para o planejamento das políticas públicas da atual administração. Essa nova territorialização compreende os 75 municípios distribuídos em 8 territórios assim discriminados: Localizado no noroeste do Estado de Sergipe, formado por 7 municípios: Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo e
Porto da Folha, população de 141.597 hab. e 4.908,00 km².
.Leste Sergipano localiza-se no leste do Estado de Sergipe, sendo formado por 9 municípios: Capela, Carmópolis, Divina Pastora, General Maynard, Japaratuba, Pirambu, Rosário do Catete, Santa Rosa de Lima e Siriri, população de
91.779 hab. e área de 1.474,10 km²..Médio Sertão Sergipano localiza-se no centro-norte do Estado de Sergipe, sendo formado por 6 municípios:
Aquidabã, Cumbe, Feira Nova, Graccho Cardoso, Itabi e Nossa Senhora das Dores, população de 64.612 hab. e área
de 1.612,00 km².
.Agreste Central Sergipano localiza-se no centro-noroeste do Estado de Sergipe, sendo formado por 14
municípios: Areia Branca, Campo do Brito, Carira, Frei Paulo, Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita, Nossa
Senhora Aparecida, Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis, São Domingos e São Miguel do Aleixo, população de 231.175
hab. e área de 3.132,00 km². Baixo São Francisco Sergipano localiza-se no nordeste do Estado de Sergipe, sendo formado por 14 municípios:
Amparo de São Francisco, Brejo Grande, Canhoba, Cedro de São João, Ilha das Flores, Japoatã, Malhada dos Bois, Muribeca, Neópolis, Pacatuba, Propriá, Santana do São Francisco, São Francisco e Telha, população de 125.440 hab.
e área de 1.986,30 km². Grande Aracaju localiza-se no centro-leste do Estado de Sergipe, sendo formado por 9 municípios: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga d'Ajuda, Laranjeiras, Maruim, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo e São Cristóvão,população de 875.098 hab. com uma área de 2.192,00 km². Alto Sertão Sergipano
O terriório sergipano possui 75 municípios, agrupados segundo o IBGE em 13 microrregiões políticoadministrativas, que fazem parte de 3 mesorregiões.
A partir de abril deste ano 2007 o Governo Estadual, através da Secretaria de Estado do Planejamento, em parceria com Universidade Federal de Sergipe, respeitando critérios como dimensões econômico-produtiva, geoambientais, sociais, político-institucionais e culturais, dividiu o Estado em oito territórios, que serão a base para o planejamento das políticas públicas da atual administração. Essa nova territorialização compreende os 75 municípios distribuídos em 8 territórios assim discriminados: Localizado no noroeste do Estado de Sergipe, formado por 7 municípios: Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo e
Porto da Folha, população de 141.597 hab. e 4.908,00 km².
.Leste Sergipano localiza-se no leste do Estado de Sergipe, sendo formado por 9 municípios: Capela, Carmópolis, Divina Pastora, General Maynard, Japaratuba, Pirambu, Rosário do Catete, Santa Rosa de Lima e Siriri, população de
91.779 hab. e área de 1.474,10 km²..Médio Sertão Sergipano localiza-se no centro-norte do Estado de Sergipe, sendo formado por 6 municípios:
Aquidabã, Cumbe, Feira Nova, Graccho Cardoso, Itabi e Nossa Senhora das Dores, população de 64.612 hab. e área
de 1.612,00 km².
.Agreste Central Sergipano localiza-se no centro-noroeste do Estado de Sergipe, sendo formado por 14
municípios: Areia Branca, Campo do Brito, Carira, Frei Paulo, Itabaiana, Macambira, Malhador, Moita Bonita, Nossa
Senhora Aparecida, Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis, São Domingos e São Miguel do Aleixo, população de 231.175
hab. e área de 3.132,00 km². Baixo São Francisco Sergipano localiza-se no nordeste do Estado de Sergipe, sendo formado por 14 municípios:
Amparo de São Francisco, Brejo Grande, Canhoba, Cedro de São João, Ilha das Flores, Japoatã, Malhada dos Bois, Muribeca, Neópolis, Pacatuba, Propriá, Santana do São Francisco, São Francisco e Telha, população de 125.440 hab.
e área de 1.986,30 km². Grande Aracaju localiza-se no centro-leste do Estado de Sergipe, sendo formado por 9 municípios: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga d'Ajuda, Laranjeiras, Maruim, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo e São Cristóvão,população de 875.098 hab. com uma área de 2.192,00 km². Alto Sertão Sergipano
O manguezal em Sergipe
O Manguezal
Trata-se de uma bela vegertação que se apresenta na costa brasileira, numa superfície de cerca de 20 mil km2, desde o Cabo Orange, no Amapá, até o município de Laguna, em Santa Catarina, uma estreita faixa de floresta chamada manguezal ou mangue. Este é composto por um pequeno número de espécies de árvores e desenvolve-se principalmente nos estuários e na foz dos rios, onde há água salobra e local semi-abrigado da ação das ondas, mas aberto para receber a água do mar. Trata-se de ambiente com bom abastecimento de nutrientes, onde, sob os solos lodosos, há uma textura de raízes e material vegetal parcialmente decomposto, chamado turfa. Nos estuários, os fundos lodosos são atravessados por canais de marés (gamboas), utilizados pela fauna para os seus deslocamentos entre o mar, os rios e o manguezal.
O Brasil tem uma das maiores extensões de manguezais do mundo. Menosprezado no passado, pois a presença do mangue estava intimamente associada à febre amarela e à malária, enfermidades já controladas, a palavra mangue, infelizmente, adquiriu o sentido de desordem, sujeira ou local suspeito. O manguezal foi durante muito tempo considerado um ambiente inóspito pela presença constante de borrachudos, mosquitos pólvora e mutucas. As florestas escuras, barrentas, sem atrativos estéticos e infectadas por insetos molestantes fez com que, até meados da década de 70, se pensasse que o progresso do litoral marinho fosse equivalente a praias limpas, aterros saneados, portos confinados por concreto e experimentos de cultivo para aproveitar os terrenos dos velhos manguezais. Embora seja grande a importância econômica e social do manguezal, este enfoque foi em parte responsável pela construção de portos, balneários e rodovias costeiras em suas áreas, diminuindo a extensão dos mangues.
Ao contrário de outras florestas, os manguezais não são ricos em espécies, porém destacam-se pela grande abundância das populações que neles vivem. Por isso podem ser considerados um dos mais produtivos ambientes naturais do Brasil.
Somente três árvores constituem as florestas de mangue: o mangue vermelho ou bravo, o mangue branco e o mangue seriba ou seriuba. Vivem na zona das marés, apresentando uma série de adaptações: raízes respiratórias (que abastecem com oxigênio as outras raízes enterradas e diminuem o impacto das ondas da maré), capacidade de ultrafiltragem da água salobra e desenvolvimento das plântulas na planta materna, para serem posteriormente dispersas pela água do mar. A flora do manguezal pode ser acrescida de poucas espécies, como a samambaia do mangue, a gramínea Spartina, a bromélia Tillandsia usneoides, o líquen Usnea barbata (as duas últimas conhecidas como barba de velho e muito semelhantes entre si) e o hibisco.
No Norte do País, as espessas florestas de mangue apresentam árvores que podem atingir 20 metros de altura. Na região Nordeste há um tipo de manguezal conhecido como "mangue seco", com árvores de pequeno porte em um substrato de alta salinidade. Já no Sudoeste brasileiro, apresenta aspecto de bosque de arbustos.
O chão escuro do mangue é coberto por água na preamar. Ricas comunidades de algas crescem sobre as raízes aéreas das árvores, na faixa coberta pela maré, e, entre elas, encontram-se algas vermelhas, verdes e azuis. Os troncos permanentemente expostos e as copas das árvores são pobres em plantas epífitas. Bactérias e fungos decompõem as folhas do manguezal e a cadeia alimentar é baseada no uso dos detritos resultantes desta decomposição.
Quanto à fauna, destacam-se várias espécies de caranguejos, formando enormes populações nos fundos lodosos. As ostras, mexilhões, berbigões e cracas se alimentam filtrando da água os pequenos fragmentos de detritos vegetais, ricos em bactérias. Há também espécies de moluscos que perfuram a madeira dos troncos de árvores, construindo ali os seus tubos calcários e se alimentando de microorganismos que decompõem a lignina dos troncos, auxiliando a renovação natural do ecossistema através da queda de árvores velhas, muito perfuradas.
Os camarões também entram nos mangues durante a maré alta para se alimentar. Muitas das espécies de peixes do litoral brasileiro dependem das fontes alimentares do manguezal, pelo menos na fase jovem. Entre eles estão bagres, robalos, manjubas e tainhas. A riqueza de peixes atrai predadores, como algumas espécies de tubarões, cações e até golfinhos. O jacaré de papo amarelo e o sapo Bufo marinus podem, ocasionalmente, ser encontrados.
Aves típicas são poucas, devido à pequena diversidade florística; entretanto, algumas espécies usam as árvores do mangue como pontos de observação, de repouso e de nidificação. Estas aves se alimentam de peixes, crustáceos e moluscos, especialmente na maré baixa, quando os fundos lodosos estão expostos. Entre os mamíferos, o coati é especialista em alimentar-se de caranguejos. A lontra, hábil pescadora, é freqüente, assim como o guaxinim.
Os manguezais, usados pelos homens dos sambaquis há mais de 7 mil anos e, a partir de então, pelas populações que os sucederam, fornecem uma rica alimentação protéica para a população litorânea brasileira. A pesca artesanal de peixes, camarões, caranguejos e moluscos é para os moradores do litoral a principal fonte de subsistência.
Embora protegido por lei, o manguezal ainda sofre com a destruição gratuita, poluição doméstica e química das águas, derramamentos de petróleo e aterros mal planejados.
SERGIPE
Em Sergipe, ocorre na desembocadura dos principais rios, sendo mais significativos nos estuários dos rios Piauí-Real e do Vaza-barris. Ocorrem também nas bacias do São Francisco, do Sergipe e do Japaratuba. Em 1975, o estado contava com 555,7 Km2 de área de mangues, de acordo com a EMBRAPA, em 1981, de acordo com o projeto RADAM Brasil esta área foi reduzida para 468,7 Km2 . Atualmente, segundo a ADEMA, Sergipe tem aproximadamente 262 Km2 .. A diminuição da área do mangue deve-se à forte ação antrópica , principalmente à especulação imobiliária na área ubana de Aracaju e à carcinicultura nos demais municípios.
Trata-se de uma bela vegertação que se apresenta na costa brasileira, numa superfície de cerca de 20 mil km2, desde o Cabo Orange, no Amapá, até o município de Laguna, em Santa Catarina, uma estreita faixa de floresta chamada manguezal ou mangue. Este é composto por um pequeno número de espécies de árvores e desenvolve-se principalmente nos estuários e na foz dos rios, onde há água salobra e local semi-abrigado da ação das ondas, mas aberto para receber a água do mar. Trata-se de ambiente com bom abastecimento de nutrientes, onde, sob os solos lodosos, há uma textura de raízes e material vegetal parcialmente decomposto, chamado turfa. Nos estuários, os fundos lodosos são atravessados por canais de marés (gamboas), utilizados pela fauna para os seus deslocamentos entre o mar, os rios e o manguezal.
O Brasil tem uma das maiores extensões de manguezais do mundo. Menosprezado no passado, pois a presença do mangue estava intimamente associada à febre amarela e à malária, enfermidades já controladas, a palavra mangue, infelizmente, adquiriu o sentido de desordem, sujeira ou local suspeito. O manguezal foi durante muito tempo considerado um ambiente inóspito pela presença constante de borrachudos, mosquitos pólvora e mutucas. As florestas escuras, barrentas, sem atrativos estéticos e infectadas por insetos molestantes fez com que, até meados da década de 70, se pensasse que o progresso do litoral marinho fosse equivalente a praias limpas, aterros saneados, portos confinados por concreto e experimentos de cultivo para aproveitar os terrenos dos velhos manguezais. Embora seja grande a importância econômica e social do manguezal, este enfoque foi em parte responsável pela construção de portos, balneários e rodovias costeiras em suas áreas, diminuindo a extensão dos mangues.
Ao contrário de outras florestas, os manguezais não são ricos em espécies, porém destacam-se pela grande abundância das populações que neles vivem. Por isso podem ser considerados um dos mais produtivos ambientes naturais do Brasil.
Somente três árvores constituem as florestas de mangue: o mangue vermelho ou bravo, o mangue branco e o mangue seriba ou seriuba. Vivem na zona das marés, apresentando uma série de adaptações: raízes respiratórias (que abastecem com oxigênio as outras raízes enterradas e diminuem o impacto das ondas da maré), capacidade de ultrafiltragem da água salobra e desenvolvimento das plântulas na planta materna, para serem posteriormente dispersas pela água do mar. A flora do manguezal pode ser acrescida de poucas espécies, como a samambaia do mangue, a gramínea Spartina, a bromélia Tillandsia usneoides, o líquen Usnea barbata (as duas últimas conhecidas como barba de velho e muito semelhantes entre si) e o hibisco.
No Norte do País, as espessas florestas de mangue apresentam árvores que podem atingir 20 metros de altura. Na região Nordeste há um tipo de manguezal conhecido como "mangue seco", com árvores de pequeno porte em um substrato de alta salinidade. Já no Sudoeste brasileiro, apresenta aspecto de bosque de arbustos.
O chão escuro do mangue é coberto por água na preamar. Ricas comunidades de algas crescem sobre as raízes aéreas das árvores, na faixa coberta pela maré, e, entre elas, encontram-se algas vermelhas, verdes e azuis. Os troncos permanentemente expostos e as copas das árvores são pobres em plantas epífitas. Bactérias e fungos decompõem as folhas do manguezal e a cadeia alimentar é baseada no uso dos detritos resultantes desta decomposição.
Quanto à fauna, destacam-se várias espécies de caranguejos, formando enormes populações nos fundos lodosos. As ostras, mexilhões, berbigões e cracas se alimentam filtrando da água os pequenos fragmentos de detritos vegetais, ricos em bactérias. Há também espécies de moluscos que perfuram a madeira dos troncos de árvores, construindo ali os seus tubos calcários e se alimentando de microorganismos que decompõem a lignina dos troncos, auxiliando a renovação natural do ecossistema através da queda de árvores velhas, muito perfuradas.
Os camarões também entram nos mangues durante a maré alta para se alimentar. Muitas das espécies de peixes do litoral brasileiro dependem das fontes alimentares do manguezal, pelo menos na fase jovem. Entre eles estão bagres, robalos, manjubas e tainhas. A riqueza de peixes atrai predadores, como algumas espécies de tubarões, cações e até golfinhos. O jacaré de papo amarelo e o sapo Bufo marinus podem, ocasionalmente, ser encontrados.
Aves típicas são poucas, devido à pequena diversidade florística; entretanto, algumas espécies usam as árvores do mangue como pontos de observação, de repouso e de nidificação. Estas aves se alimentam de peixes, crustáceos e moluscos, especialmente na maré baixa, quando os fundos lodosos estão expostos. Entre os mamíferos, o coati é especialista em alimentar-se de caranguejos. A lontra, hábil pescadora, é freqüente, assim como o guaxinim.
Os manguezais, usados pelos homens dos sambaquis há mais de 7 mil anos e, a partir de então, pelas populações que os sucederam, fornecem uma rica alimentação protéica para a população litorânea brasileira. A pesca artesanal de peixes, camarões, caranguejos e moluscos é para os moradores do litoral a principal fonte de subsistência.
Embora protegido por lei, o manguezal ainda sofre com a destruição gratuita, poluição doméstica e química das águas, derramamentos de petróleo e aterros mal planejados.
SERGIPE
Em Sergipe, ocorre na desembocadura dos principais rios, sendo mais significativos nos estuários dos rios Piauí-Real e do Vaza-barris. Ocorrem também nas bacias do São Francisco, do Sergipe e do Japaratuba. Em 1975, o estado contava com 555,7 Km2 de área de mangues, de acordo com a EMBRAPA, em 1981, de acordo com o projeto RADAM Brasil esta área foi reduzida para 468,7 Km2 . Atualmente, segundo a ADEMA, Sergipe tem aproximadamente 262 Km2 .. A diminuição da área do mangue deve-se à forte ação antrópica , principalmente à especulação imobiliária na área ubana de Aracaju e à carcinicultura nos demais municípios.
A CAATINGA EM SERGIPE
Caatinga em sergipe
Em plena faixa sub-equatorial, entre a Floresta Amazônica e a Floresta Atlântica, encontram-se as caatingas do Nordeste brasileiro. Elas cobrem cerca de 700 mil km2, aproximadamente 10% do território nacional. O clima é semi-árido, com temperaturas médias anuais compreendidas entre 27ºC e 29ºC e com médias pluviométricas inferiores aos 800 mm. A rigidez climática das caatingas é conferida principalmente pela irregularidade na distribuição destas chuvas no tempo e no espaço. O escoamento superficial é intenso, pois os solos são rasos e situados acima de lajedos cristalinos. Os rios são intermitentes, isto é, correm apenas durante o período de chuvas, tendo seus cursos interrompidos durante a estação seca. A paisagem típica das caatingas consiste de extensas planícies interplanálticas e intermontanas, que envolvem e interpenetram maciços residuais mais elevados. A vegetação é xerofítica, caducifoliar e aberta, bem adaptada para suportar a falta de água.
A paisagem mais comum da Caatinga é a que ela apresenta durante a seca. Apesar do aspecto seco das plantas, todas estão vivas; apenas perderam as folhas para suportar a falta de água. Mesmo durante a seca, a vida animal também é rica e diversificada. Contudo, é após as chuvas que a diversidade animal e vegetal das caatingas se torna evidente. As plantas florescem e os animais se reproduzem, deixando descendentes que já possuem adaptações para suportar o longo período de seca seguinte.
DESCRIÇÃO
Ocupando quase 10% do território nacional, com 736.833 km², a Caatinga abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. Região de clima semi-árido e solo raso e pedregoso, embora relativamente fértil, o bioma é rico em recursos genéticos dada a sua alta biodiversidade. O aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 e 800 milímetros anualmente.
A Caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são a amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro.
No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior.
Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas, percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios que cruzam a Caatinga). Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascente na região permanecem secos por cinco a sete meses do ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas.
Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagüi-do-nordeste, entre outros.
Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela Caatinga, em quase 800 mil km2 de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.
No estado de Sergipe a área de abrangência do bioma caatinga ocupa a parte oeste do estado e atinge os municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Gloria, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Graccho Cardoso, Itabi, Gararu,Simão Dias, Carira, Pinhão,Poço Verde e Tobias Barreto.
Mesmo quando chove, o solo pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada chega ás (médias entre 25oC e 29oC) quando provoca intensa evaporação. Na longa estiagem os sertões são, muitas vezes, semidesertos que, apesar do tempo nublado, não costumam receber chuva.
Em plena faixa sub-equatorial, entre a Floresta Amazônica e a Floresta Atlântica, encontram-se as caatingas do Nordeste brasileiro. Elas cobrem cerca de 700 mil km2, aproximadamente 10% do território nacional. O clima é semi-árido, com temperaturas médias anuais compreendidas entre 27ºC e 29ºC e com médias pluviométricas inferiores aos 800 mm. A rigidez climática das caatingas é conferida principalmente pela irregularidade na distribuição destas chuvas no tempo e no espaço. O escoamento superficial é intenso, pois os solos são rasos e situados acima de lajedos cristalinos. Os rios são intermitentes, isto é, correm apenas durante o período de chuvas, tendo seus cursos interrompidos durante a estação seca. A paisagem típica das caatingas consiste de extensas planícies interplanálticas e intermontanas, que envolvem e interpenetram maciços residuais mais elevados. A vegetação é xerofítica, caducifoliar e aberta, bem adaptada para suportar a falta de água.
A paisagem mais comum da Caatinga é a que ela apresenta durante a seca. Apesar do aspecto seco das plantas, todas estão vivas; apenas perderam as folhas para suportar a falta de água. Mesmo durante a seca, a vida animal também é rica e diversificada. Contudo, é após as chuvas que a diversidade animal e vegetal das caatingas se torna evidente. As plantas florescem e os animais se reproduzem, deixando descendentes que já possuem adaptações para suportar o longo período de seca seguinte.
DESCRIÇÃO
Ocupando quase 10% do território nacional, com 736.833 km², a Caatinga abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. Região de clima semi-árido e solo raso e pedregoso, embora relativamente fértil, o bioma é rico em recursos genéticos dada a sua alta biodiversidade. O aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 e 800 milímetros anualmente.
A Caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são a amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro.
No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior.
Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas, percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios que cruzam a Caatinga). Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascente na região permanecem secos por cinco a sete meses do ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas.
Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagüi-do-nordeste, entre outros.
Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela Caatinga, em quase 800 mil km2 de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.
No estado de Sergipe a área de abrangência do bioma caatinga ocupa a parte oeste do estado e atinge os municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Gloria, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Graccho Cardoso, Itabi, Gararu,Simão Dias, Carira, Pinhão,Poço Verde e Tobias Barreto.
Mesmo quando chove, o solo pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada chega ás (médias entre 25oC e 29oC) quando provoca intensa evaporação. Na longa estiagem os sertões são, muitas vezes, semidesertos que, apesar do tempo nublado, não costumam receber chuva.
A MATA ATLÂNTICA EM SERGIPE
O Estado de Sergipe localiza-se a leste da região Nordeste e tem a menor área do Brasil em extensão territorial que é de 22.050,40 km2. Possui cerca de 1.800.000 habitantes , 62,4% urbanos com densidade demográfica de 77,67hab/km2, e crescimento demográfico de 1,2% ao ano e uma faixa de migração interna de 11,25% (Pnud/IPEA,2000).
Sergipe é um dos Estado do Nordeste que se apresenta bastante devastado com relação a sua área natural, onde cerca de 90% é utilizada como pastagens e atividade intensiva de agricultura, restando apenas algumas manchas da floresta costeira, mata de restinga, mata ciliar, cerrados arbustivos e caatinga. Em Sergipe como no Nordeste em geral, as áreas remanescentes são pequenas e extremamente fragmentadas com grande impacto antrópico.
Originalmente, a Mata Atlântica ocupava toda faixa litorânea sergipana, até a chegada do homem branco (europeu) em 1501 para tomar posse das terras indígenas, com os objetivos de explorar o pau Brasil, criar gado e plantar cana de açúcar. Após mais de 500 anos de ocupação, da Mata Atlântica original restam poucos corredores ao longo da extensão litorânea do Estado, ocupando cerca de 40km2 de largura do território sergipano, com formações de diferentes ecossistemas, que incluem as faixas litorâneas com suas associações das praias e dunas, com ocorrência das formações florestais perenifólias latifoliadas higrófilas costeiras(Floresta Costeira) que ocorrem ao longo do todo o litoral sergipano sob a forma de pequenas manchas, exceto na porção sul do estado, onde algumas fazendas particulares se apresentam mais preservadas, localizando-se normalmente nos topos das colinas mais elevadas, ou nas encostas que apresentam declividades acentuadas.nos locais onde foi fortemente devastada, aparecem os cultivos perenes e temporários e posteriormente as pastagens.A mata atlântica sergipana, ocorre desde municípios localizados no São Francisco até Mangue Seco na divisa com a Bahia.
Sergipe é um dos Estado do Nordeste que se apresenta bastante devastado com relação a sua área natural, onde cerca de 90% é utilizada como pastagens e atividade intensiva de agricultura, restando apenas algumas manchas da floresta costeira, mata de restinga, mata ciliar, cerrados arbustivos e caatinga. Em Sergipe como no Nordeste em geral, as áreas remanescentes são pequenas e extremamente fragmentadas com grande impacto antrópico.
Originalmente, a Mata Atlântica ocupava toda faixa litorânea sergipana, até a chegada do homem branco (europeu) em 1501 para tomar posse das terras indígenas, com os objetivos de explorar o pau Brasil, criar gado e plantar cana de açúcar. Após mais de 500 anos de ocupação, da Mata Atlântica original restam poucos corredores ao longo da extensão litorânea do Estado, ocupando cerca de 40km2 de largura do território sergipano, com formações de diferentes ecossistemas, que incluem as faixas litorâneas com suas associações das praias e dunas, com ocorrência das formações florestais perenifólias latifoliadas higrófilas costeiras(Floresta Costeira) que ocorrem ao longo do todo o litoral sergipano sob a forma de pequenas manchas, exceto na porção sul do estado, onde algumas fazendas particulares se apresentam mais preservadas, localizando-se normalmente nos topos das colinas mais elevadas, ou nas encostas que apresentam declividades acentuadas.nos locais onde foi fortemente devastada, aparecem os cultivos perenes e temporários e posteriormente as pastagens.A mata atlântica sergipana, ocorre desde municípios localizados no São Francisco até Mangue Seco na divisa com a Bahia.
MOPEC COLOCA SITUAÇÃO CRÍTICOS DOS RIOS SERGIPANOS
Mopec expõe situação crítica dos rios em SE Data: 17/03/2007 "A situação dos rios em Sergipe é crítica. As bacias, desde o São Francisco até o Vaza Barris, estão em total degradação ambiental. Suas margens, onde ficam as matas ciliares, estão totalmente prejudicadas pela retirada de madeira e extração de areia dos leitos dos rios, que resultaram no assoreamento. As seis bacias hidrográficas estão com sua capacidade de produção de água comprometida pela ação do homem, pois ao longo dos anos o acúmulo de poluição vem promovendo uma forte degradação. Algumas até mais que outras como é o caso dos rios Japaratuba, Sergipe, Piauitinga e Poxim", a denúncia foi feita pelo coordenador do Movimento Popular Ecológico de Sergipe - Mopec, Lizaldo Vieira. Poluição, queimadas, reservas florestais reduzidas nas áreas, rios intermitentes que na estiagem deixam de existir, uso intenso e sem monitoramento de agrotóxicos nas margens desses rios, irrigação de forma desordenada e sem nenhuma orientação são alguns dos problemas que acontecem nas bacias em Sergipe. Para salvar os rios, o papel fundamental hoje é a conscientização da população, porque sem a participação da comunidade, nenhum governante dará jeito. É preciso que haja a conscientização para que a população cumpra o seu papel de cidadania e exija medidas saneadoras desses problemas porque nenhum governante, por mais interessado que seja em resolver o problema, sem a pressão da população não vai resolver.
EXPEDIÇÃO DE ESTUDO NA MATA ATLANTICA DA PRATINHA
Uma expedição técnico-científica, será realizada no bioma mata atlântica, na área da Mata da Pratinha, um remanescente florestal em área urbana de São Cristóvão. A expedição, feita com a parceria da Universidade Federal de Sergipe/Grupo Biose (Biodiversidade de Sergipe), vai até este domingo, 15, e tem como objetivo dar início aos estudos sobre o conjunto de todos os seres vivos da área.A realização de estudos, além de ampliar os conhecimentos sobre a biodiversidade do território sergipano, é fundamental também para a definição de estratégias para valorização dos bens e serviços ambientais oferecidos pela manutenção dessas áreas.Para os participantes da atividade parceria, dos seguimentos do poder público, da comunidade local e dos proprietários das áreas remanescentes são fundamentais para o desenvolvimento de ações governamentais para a proteção dessas áreas.
Mata da PratinhaA Mata da Pratinha é uma das poucas áreas verdes com vegetação nativa, inseridas em áreas urbanas em Sergipe. Trata-se de um fragmento de Mata Atlântica cortado pelo Rio Paramopama, afluente do Rio Vaza Barris. A Mata Atlântica é considerado um bioma com recorde mundial de biodiversidade. Dada a sua importância a Mata Atlântica está na lista dos biomas mais importantes do mundo, sendo considerado como hotspots (ponto quente de biodiversidade), porém, com o elevado grau de perturbação antrópica, restando somente fragmentos isolados. Por isso, a proteção e conexão dos fragmentos remanescentes são desafios para a conservação.
Mata da PratinhaA Mata da Pratinha é uma das poucas áreas verdes com vegetação nativa, inseridas em áreas urbanas em Sergipe. Trata-se de um fragmento de Mata Atlântica cortado pelo Rio Paramopama, afluente do Rio Vaza Barris. A Mata Atlântica é considerado um bioma com recorde mundial de biodiversidade. Dada a sua importância a Mata Atlântica está na lista dos biomas mais importantes do mundo, sendo considerado como hotspots (ponto quente de biodiversidade), porém, com o elevado grau de perturbação antrópica, restando somente fragmentos isolados. Por isso, a proteção e conexão dos fragmentos remanescentes são desafios para a conservação.
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Matéria publicada em 13/06 por Lizaldo Vieira
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Mata Atlântica é só 1% da área do Estado
Apenas 1% dos 21.910,3 quilômetros quadrados de área sergipana é de floresta de Mata Atlântica. Somados aos outros dois tipos que compõem esse ecossistema, manguezais e restingas, o percentual sobe para 15%, quantia que ainda é pequena, se comparada com os antes 45% do território que eram encobertos por Mata Atlântica. Esses dados, frutos de um trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias no Estado – Embrapa Tabuleiros Costeiros em parceria com o governo do Estado são de 1997, baseados em imagens feitas por satélite dois anos antes. Apesar da idade, são as informações mais utilizadas quando se fala sobre o assunto, como explicou a engenheira florestal e analista ambiental do Ibama no Estado, Fátima Dias da Hora. A Embrapa possui um livro específico sobre o assunto. Composto por cinco capítulos, ele trata de temas como caracterização florística e ecológica da mata sergipana, recursos genéticos vegetais desse espaço, germinação de sementes e produção de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica de Sergipe e restauração florestal dessa região. O assunto volta a ser lembrado porque hoje é o Dia Nacional da Mata Atlântica. A analista ambiental estima que desde 1997 possa ter havido um crescimento dessa área em aproximadamente 10% por conta da lei de proteção à Mata Atlântica, em vigor desde 1992. Associado a isso está o trabalho de organizações não governamentais que lutam pela defesa do meio ambiente e ainda as ações dos órgãos oficiais que cuidam do assunto. Fátima Dias explica que depois da Amazônia esse é o sistema que agrega a mais importante biodiversidade do país, existindo nela um número ainda desconhecido de espécies de plantas e animais, além de disponibilizar água potável e oxigênio. Em Sergipe, os maiores núcleos urbanos estão em área de Mata Atlântica, a exemplo da capital e do município de Itabaiana, onde acontece a transição desse tipo de sistema para o agreste e onde está, inclusive, o Parque Nacional da Serra de Itabaiana, área de proteção ambiental sob a responsabilidade do governo federal. Além dela, também existe a Reserva Biológica de Santa Luzia, em Pirambu, e a Floresta Nacional da Ibura. “O Ibama, dentro das suas atribuições e das possibilidades, faz todo o possível para preservar essas e outras áreas, mas vale lembrar que a proteção do meio ambiente é responsabilidade de todos, como cita a Constituição Federal de 1988, portanto, do Estado, dos municípios e da própria sociedade. Por isso, gestos simples contam muito como por exemplo não jogar papel na rua, fechar a torneira quando estiver escovando os dentes, apagar as luzes que não estão sendo utilizadas, afinal de contas, a nossa energia é resultado de usinas hidrelétricas que são movimentadas pela força das águas”, declarou Fátima Dias. Embora o percentual preservado ainda seja pequeno, a analista ambiental disse que o Estado tem uma vantagem, que é muito elogiada nacionalmente quando o assunto é manguezal. De acordo com Fátima, Sergipe possui uma área significativa de manguezal protegido em todas as bacias existentes. Mas todo cuidado ainda é necessário para que o restante não desapareça e dois itens têm de ser muito bem monitorados: o crescimento desenfreado das cidades, que resulta na ocupação de áreas indevidas, e o avanço da fronteira agrícola, que pode acabar atingindo esses espaços protegidos por força de lei. Outros tipos de ameaças Para o coordenador geral do Movimento Popular Ecológico de Sergipe (Mopec), Lizaldo Vieira, a essas duas ameaças podem ser associados ainda o trabalho das olarias e padarias, que utilizam lenhas para o fabrico dos seus produtos finais, a queimada de áreas para serem usadas como pastagens e a derrubada de árvores para uso da madeira como fogueiras durante o período de São João. “Sem falar nesse boom que a produção de biodiesel pode causar. A extensão”, frisou o coordenador do Mopec. Um dos pontos citados por Lizaldo é a Mata do Junco, localizada no município de Capela, distante 67 quilômetros da capital, composta por quase mil hectares e que está entre terrenos do Estado, município e de particulares. Apesar de ser um espaço de proteção ambiental sob a tutela do Estado, a preocupação do movimento com o Junco existe por conta de dois conflitos, um cultural e outro social. O primeiro é por conta da tradicional festa do mastro, já que todos os anos uma árvore muito antiga é cortada para o evento. A outra é porque o Junco está dentro de um assentamento do Movimento Sem-Terra, o que causa preocupação a Lizaldo, mesmo havendo o compromisso do MST em não devastar a mata. “Mas quem garante que um dia, a depender da situação e da necessidade, essa promessa continuará sendo cumprida? No que diz respeito à festa de São Pedro a população fica dividida, porque sabem da importância da preservação do meio ambiente, mas também não querem abrir mão do festejo e dos ritos existentes há vários anos.
Publicado no Jornal da Cidade em 27/05/2008
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Publicado no Jornal da Cidade em 27/05/2008
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